sexta-feira, 6 de agosto de 2010

OGUN AKORO


Filho de Yemanjá ou Oduá com Oxalá.Está ligado ao mistério das árvores, consequentemente à Oxalá. Seu "assento" está ao pé de um Igí-uyeuè (cajazeira) no Brasil, onde um adàn, akòko ou Àràbà na Nigéria e no Daomé, e rodeado por uma cerca de peregun. Podendo também ficar ao pé do Igí-òpé cujo tronco simboliza a matéria individualizada dos funfun (orixás do branco, particularmente Oxalá), que as folhas brotadas sobre os ramos ou troncos, simbolizam descendentes e que o màrìwò é a representação mais simbólica de Ogún.


Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são primeiro de pedra, depois o ferro. Sua primogenitora converte-o em quase irmão gêmeo de Exú.

Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por consequencia) em seu trabalho: agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros que juntaram-se ao grupo desde o início do século, mecânicos e motoristas; rendem homenagem à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.

• Akóro Ko l'axo Akóro não tem roupas

• Màrìwò l'axo Ogún o! Màrìwò veste Ogún

• Màrìwò Màrìwò

Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é o regente dos "caminhos" no seu sentido de trabalho, oportunidades profissionais, e ao mesmo tempo "guardião" da casa, é expressa em sua cantiga:

• Ogún á jó (Ogún dançará) e màrìwò (fronde da palmeira, usada como sua roupa) Ogún Akòró e màrìwò

• Iwó a gba 'lé bg'ònà (ele ocupará a casa e o caminho)

• Ogun á jó e màrìwò màá tú yeye (fronde da palmeira cresça)

• Akóro pa lónìí ó

• Pa o jàre pa léle pa

• Ogún pa o jàre

• Akóro - uma qualidade de Ogún

Nesta cantiga está se pedindo para Ogun abrir os caminhos : vai cortando, desembaraçando o caminho. Uma outra tradução, fala em matar, de quando os orixás vinham a guerra, e que eles lutavam.

Historicamente, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé, usando o título de Oniré (Rei de Irê), por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei; usava uma diadema.
 
 

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