sábado, 28 de agosto de 2010

O CUIDADO COM A FALA E A SABEDORIA DO SILENCIO.









As pessoas que gostam muito de falar tem que ter cuidado com o mal uso da palavra .
Pode com suas palavras criar uma inimizade , tirar a paz de uma pesssoa , envenenar sua alma e ate mesmo faze-la odiar alguem.
Temos isso bem claro no 4º mandamento de fá , e no 8º.
Portanto se uma pessoa não usar bem  a cabeça e usar a lngua com maldade , estara trazendo mal as pessoas.

                      ****A Sabedoria do Silêncio ****


Fale apenas quando for necessário.


Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.

Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra

deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia).

Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faças promessas que não possas cumprir.

Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário

palavras que projetem imagens negativas

porque se produzirá ao redor de ti

tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.

CONCEITOS DOS MANDAMENTOS DE IFÁ




Ení da ilè á bá ilè lo


A d'ífá fún àgbààgbà mérìndínlógúnWón nrelé Ifè wón nlo rèé toró ógbÀwon lè gbó àwon lè to bi Olódùmarè tí rán won ni wónIWón ní wón a gbó, won a tó sùgbón kí wón pa ìkìlò mó

Ifá ní:

1) wón ní kí wón ma fi èsúrú pe èsúrú

2) wón ní kí wón ma fi èsúrú pe èsúrú

3) wón ní kí wón ma fi odíde pe òòdè

4) wón ní kí wón ma fi ewé Ìrókò pe ewé Oriro

5) wón ní kí wón ma fi àimòwè bá won dé odò

6) wón ní kí wón ma fi àìlókó bá won ké háin-háin

7) wón ní kí wón ma gba onà èbùrú wo'lé Àkàlà

8) wón ní kí wón ma fi ìkóóde nu ìdí

9) wón ní kí wón ma su sí epo

10) wón ní kí wón ma tò sí àfò

11) wón ní kí wón ma gba òpá l'ówó afójú

12) wón ní kí wón ma gba òpá l'ówó ògbó

13) wón ní kí wón ma gba obìnrin ògbóni

14) wón ní kí wón ma gba obìnrin òré

15) wón ní kí wón ma s'òrò ìmùlè l'éhìn

16) wón ní kí wón ma sàn-án ìbàntè awo

Wón dé'lé ayé tán ohun tí wón ní kí wón má se wón nse

Wón wá bèrè síí kú

Wón fí igbe ta, wón ní Òrúnmìlà npa wón

Òrúnmìlà ní òun kó l'óún npa wón

Òrúnmìlà ní àìpa ìkìlò mó o won ló npa wón

Àgbà re d'owó re.



FONÉTICA

Éni da ilé a ba ilé ló

Adifá fun abaaba mérindilôgum

Uón unrêlê ifé Uón umló rêe tôro ôbô

Auón lê bô auón lê tó bi ôlôdumare ti ran Uón ni Uón da ifá si

Uón ni Uón a bô, Uón a tó xubóm qui Uón pa iquiló mó Ifá ni

Uón ni Qui uón ma fi êssurú puê êssurú

Uón ni Qui uón ma fi êssurú puê êssurú

Uón ni qui Uón ma fi ôdidé puê ôôdé

Uón ni qui Uón ma fi êuê irôcô pue êuê ôrirô

Uón ni qui Uón ma fi aimauê ba Uón dê ôdô

Uón ni qui Uón ma fi ailócó ba Uón quê rraim rraim

Uón ni qui Uón ma ba óna êburu uólê acala

Uón ni qui Uón ma fi icôodê nu idí

Uón ni qui Uón ma xu si êpô

Uón ni qui Uón ma tó si afô

Uón ni qui Uón ma ba ópá lóuó afódjú

Uón ni qui Uón ma ba ópá lóuó ôbuô

Uón ni qui Uón ma ba ôbinrin ôbôní

Uón ni qui Uón ma ba ôbinrin óré

Uón ni qui Uón ma sóró imulé léiim

Uón ni qui Uón ma sam am ibanté auô

Uón dêlê aiê tam orrum ti Uón ni qui Uón ma xê Uón umxê

Uón uá béré sii cú

Uón fi ibuê ta Uón ni órummilá umpa Uón

Órummilá ni ôum có lôum umpá Uón

Órummilá ni aipa iquiló mó ó Uón lô umpa Uón

abá ré dóuó ré



Tradução para o Português

com o Conceito dos Mandamentos de Ifá no Odu Ìká-Òfún

Muitos andam pela vida sem rumo

e acabam indo buscar os conselhos de Ifá. Este era o

caso dos ancestrais que buscaram cobrar de Ifá

a promessa feita por Olódùmarè (Deus), que

dava a eles uma vida longa.

Assim Ifá advertiu:

1 - não digam o que não sabem

(èsúrú pode ser tanto uma conta sagrada como um nome de uma pessoa);

2 - não façam ritos que não saibam fazer

(novamente avisa não troquem a conta sagrada pelo nome);

3 - não enganem as pessoas (trocando a pena de papagaio por morcego);

4 - não conduzam as pessoas a uma vida falsa

(mostrando a folha de ìrókò e dizendo que é folha de oriro);

5 - não queiram ser uma coisa que vocês não são

(não queiram nadar se vocês não conhecem o rio);

6 - não sejam orgulhosos e egocêntricos;

7 - não busquem o conselho de Ifá com más intenções ou falsidade

(Àkàlà é um título usado para Òrúnmìlà);

8 - não rompam (não mudem) ou revelem

os ritos sagrados, fazendo mal uso deles;

8 - não sujem os objetos sagrados com as impurezas dos Homens;

busquem nos ritos sagrados somente coisas boas;

10- os templos devem ser lugares puros,

onde a sujeira do caráter humano deve ser lavada;

11- não desrespeitem ou inferiorizem

os que têm maior dificuldade de assimilar conhecimentos ou

deficiências no caráter, ajude-os a mudar;

12- não desrespeitem os mais velhos, a sabedoria está com eles, a vida os fez aprender;

13- não desrespeitem as linhas de condutas morais;

14- nunca traiam a confiança de seu semelhante;

15- nunca revelem segredos que lhe são confiados;

falar pouco e somente o necessário demonstra sabedoria;

16- respeitem os que possuem cargos de responsabilidade maior;

o Babaláwo é um Pai, portanto, é devido grande respeito aos Pais.

Mas os ancestrais não cumprem as determinações de Deus,

trazidas e mostradas por Òrúnmìlà. Deus usa os Òrìsà

para advertir o Homem, mas não obtém sucesso. O Homem

não ouve os conselhos. Mesmo assim, em erro,

o Homem ainda acusa a Òrúnmìla. Mais uma vez não reconhecendo

seus próprios erros.

O Homem tem esse hábito, o de culpar os

outros pelas suas maneiras erradas.

Diante de tais atitudes,

Deus fica desobrigado de cumprir Sua palavra com o Homem,

permitindo então que o Homem morra idoso

e venha a renascer jovem, para que uma nova caminhada

de aprendizados se inicie, em outra vida, em outro lugar,

e quem sabe assim, nessa nova etapa, o

Homem aprenda os mandamentos de Ifá pondo fim a esse ciclo sofrido.

Assim se repetirão esses ciclos, até que o Homem

aprenda a mudar, tornando-se um

Egúngún Àgbà (Ancestral Ilustre) que recebe

funções mais importantes no Òrun (no Além)!







FONTE :RAIZES AFRICANAS.

OS 16 MANDAMENTOS DE IFÁ







2º - ÉJÌ ÒkÒ: Não sentir ódio nem destratar o outro.



3º - ETÁ ÒGÚNDÁ: Não guardar sentimentos vingança.



4º - ÌRÒSÙN: Não fazer armadilhas nem caluniar.



5º – ÒSÉ: Não invejar nada nem ninguém.



6º - ÒBÀRÀ: Não mentir.



7º - ÒDÍ: Não corromper nem se deixar ser corrompido.



8º - ÈJÌ ONÍLÈ: Usar bem a cabeça neste mundo e respeitar os segredos alheios.



9º - ÒSÁ: Não ser falso com o próximo.



10º - ÒFÚN: Não roubar, não jurar em falso nem amaldiçoar.



11º - ÒWÓNRÍN: Não matar, não arruinar a vida de outros e ser grato ao bem que nos façam.



12º - ÈJÌLÁ SEBORÁ: Evitar os escândalos e as tragédias.



13º - ÈJÌ OLÓGBON: Respeitar os Ancestrais.



14º - ÌKÁ: Não espalhar doenças, a corrupção e a maldade sobre o mundo.



15º - ÒGBEGÚNDÁ: Respeitar aos mais velhos, as crianças, o pai e a mãe.



16º - ÀLÀÁFÍÀ: Ouvindo estes conselhos não sentirá vergonha no dia que tiver que se apresentar perante Olódùmarè!

1º - ÒKÀNRÀN: Não fazer mal a ninguém.




2º - ÉJÌ ÒkÒ: Não sentir ódio nem destratar o outro.



3º - ETÁ ÒGÚNDÁ: Não guardar sentimentos vingança.



4º - ÌRÒSÙN: Não fazer armadilhas nem caluniar.



5º – ÒSÉ: Não invejar nada nem ninguém.



6º - ÒBÀRÀ: Não mentir.



7º - ÒDÍ: Não corromper nem se deixar ser corrompido.



8º - ÈJÌ ONÍLÈ: Usar bem a cabeça neste mundo e respeitar os segredos alheios.



9º - ÒSÁ: Não ser falso com o próximo.



10º - ÒFÚN: Não roubar, não jurar em falso nem amaldiçoar.



11º - ÒWÓNRÍN: Não matar, não arruinar a vida de outros e ser grato ao bem que nos façam.



12º - ÈJÌLÁ SEBORÁ: Evitar os escândalos e as tragédias.



13º - ÈJÌ OLÓGBON: Respeitar os Ancestrais.



14º - ÌKÁ: Não espalhar doenças, a corrupção e a maldade sobre o mundo.



15º - ÒGBEGÚNDÁ: Respeitar aos mais velhos, as crianças, o pai e a mãe.



16º - ÀLÀÁFÍÀ: Ouvindo estes conselhos não sentirá vergonha no dia que tiver que se apresentar perante Olódùmarè!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ADORADORA DE OGUN COM COBRA NO PESCOÇO

OGUN E A SERPENTE

DESDE QUE ME INICIEI NO BATUQUE EM 1.973 CONHECI O CULTO A OGUN TENDO SEMPRE UMA COBRA DE FERRO JUNTO , ( DENTRO DO IGBA).


UM COSTUME QUE NÃO VI EM OUTROS LUGARES , COMO NOSSO OBJETIVO É PESQUISAR E RESGATAR DEPAREI COM UMA MATERIA NO SITE POVO DE SANTO E ME IDENTIFIQUEI COM AMATERIA POIS CONDIZ COM AQUILO QUE APRENDO A MAIS DE TRINTA ANOS ATRAS.
 
A MATERIA COMEÇA COM O SEGUINTE TEXTO....
 
 
Desafiando os conceitos e estruturas religiosas atuais, sobre o ferreiro, Òrìṣá Ògún na cultura Yorubá, eu me deparo com um fundamento antigo da minha família que traz um assentamento de um Ògún chamado Ávágã[i], este que fica na frente do templo, na casa do Bará Lòde. Neste assentamento nós usamos o vulto de uma serpente em ferro pronta para dar o bote, tal assentamento carregado por algumas vertentes Nàgó, sai de Arraial d’Ajuda (cidade do meu bàbá), Porto seguro, atravessa o país e chega até ao Batuque do Rio Grande do Sul. Que além de assentar um Ògún no vulto da serpente, ela pode ser encontrada entre os assentamentos do Ògún que fica no Yara-bọ. Tal costume foi motivo de mistério e questionamento entre os sacerdotes que não pertencem à cultura Nàgó ou até mesmo do Batuque, pois o símbolo da serpente até então pertencia exclusivamente ao culto Djedje para o Vodun Dãn ou conhecido por alguns como Obessem.


uma insígnia de poder e magia que não deveria estar associado ao Òrìṣá-irin, mas qual seria a possibilidade desta divindade carregar tal elemento fora do seu culto que pertence a povos estrangeiros. Foi pesquisando que cheguei até um documento que relata e associa a serpente ao culto de Ògún.

Nada do que foi dito até agora – sobre as devoções individuais dos ferreiros e outros que trabalhavam com ferro, ou sobre a importância de Ògún na comunidade Yorubaland – desafia a noção, de devotos na literatura, que (como um dicionário de Abraão) é adorado apenas por homens, e não por mulheres. “Isto parece fazer sentido simbólico para uma” divindade do ferro e da guerra, mas não é verdade, vem Pierre Verger dar um relato detalhado da participação das mulheres como Iyawòrìṣá, “Gemmes Dediees a l’orisa ET Qui Chantent Pour Lui,” em um festival de Ògún, Igbo Nàgó, nas aldeias de Hodo e Ijese, e Margareth Drewal descreveu uma mulher possuída por Ògún não muito longe de Igbogila em Egbado. Para o mais prosaico exemplo de devoção feminina para Ògún, foi o açougueiro mulher observado por E.M. Lijadu em Ondo, em 1892. Quando ela entrou na sua barraca no mercado, ela recolheu suas ferramentas de ferro, para dividir os pedaços de Obi e jogou várias vezes sobre eles, e ofereceu alguns encantamentos “A questão é Lijadu, ela disse que era consultora da Ajé” a deusa do dinheiro através de Ògún, deus do ferro [e que] Ajé promete enviar-lhe muitos clientes com muito dinheiro para levar para casa depois do mercado” este Ògún / ligado à Ajé é atestado de outra forma, e , como ritual de uma mulher dirigida para a riqueza pessoal, que talvez possa ser visto praticamente igual a riqueza pessoal, pode ser visto como possibilidades praticamente semelhante para o Culto de Orí, que era popular entre as mulheres ricas em Yorubá central e sudoeste, mas de uma forma aparentemente ausente do leste. Conforme descrito aqui por Lijadu, tais elementos do ritual como a quebra do Obi sobre ferramentas de ferro parecem idênticos aos praticados por ferreiros do sexo masculino.

Mas a principal forma de Ògún aparecer nos jornais da CMS como objeto de trabalho para as mulheres é bastante diferente: não como ferro, mas como uma serpente. Não era apenas um culto feminino, embora as mulheres eram mais ativas na mesma (como, aliás, na maioria dos cultos de Òrìṣá). O relato mais dramático do Culto de Ògún-Ejò respeito a Ijaye em 1855: Era o festival anual da Ifá Are Kurunmi, governante despótico da cidade, e grandes multidões se reuniram diante da porta da sua comunidade. A maioria deles estavam a ser dito “Veneradores do chamado de Ògún Òrìṣá ou Ejò“, para a falecida mãe Kurunmi havia sido um de seus principais devotos, assim guardava na memória dela. Figuras de cobras em diversos tamanhos, nas diferentes partes do reboque foram trazidas para “Jogar” com Kurunmi, mas ele não iria permitir que dentro de sua própria casa [o catequista diz Charles Phillips], pois ele tinha medo delas. Então, eles foram exibidos em uma plataforma criada na frente dela. Os adoradores ao procurá-los os levaram em seus braços: menos irritada, alguns tinham até seis metros de comprimento e tão grossa quanto à coxa de um homem. O povo olhava-as com curiosidade e louvor.

”Fonte – Africa’s – Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press – pág 272″
O seu assentamento deverá ser tratado preferencialmente por homens e algumas vezes as mulheres possuem acesso, porem neste caso somente será liberado para aquelas que passaram pela menopausa. O trato desta divindade será feito junto com o Bará Lòde que divide os cortes de 4 pés, separando apenas as aves vermelhas para o Bará e prateados (malhados de preto com branco, não é carijó) para o Ògún, esta divindade que tem o seu ritual e trato próprio muitas vezes é o segundo a comer na frente da casa antes dos Òrìṣá, ele é então considerado uma divindade cultuada a parte do Irumole do Bàbá ou Iyá, que deverá ter outro Ògún no Yara-bọ compondo os fundamentos da casa.

“Mónàmoná” – Serpente – álbum do Antonio dos Stºs Penna
O primeiro Òrìṣá de Kurunmi foi p próprio Ṣàngó, muito semelhante (embora invertida) a ligação da família de Ṣàngó e Ògún que surgiu durante uma visita da pastoral Ota: um devoto feminino de Ṣàngó com um filho dedicado a Ògún, com uma cobra que era mantida em uma cabaça onde era alimentada com ratos.

Mas o culto era mais comumente encontrado quando seus membros foram para a cidade com seus Ògún-Ejò, oferecendo bênçãos em nome do Deus, e recebendo presentes de búzios (na essência, sacrifícios) em troca. Um pastor Africano em Abeokuta, em 1852, encontrou duas mulheres ,” um dos quais tinha uma grande serpente enrolada no pescoço, enquanto o outro como um arauto saiu antes de cantar e exaltar o Deus de Ògún o ferreiro [sic]. Muitos anos depois, outro, na estrada para o campo de Ibadan na Ikirun, reuniu-se a um “encantador de serpentes“, que foi uma vez até à igreja em Ibadan com um amigo cristão, ele repreendeu alguns “iniciados que trabalhavam para Ògún, uma forma de ganhar seus meios de subsistência” Voltando para Ibadan, um catequista disse uma mulher sentada à beira da estrada e com ela havia uma cobra que recebendo algumas mensagens dos búzios para alguns poucos transeuntes, que Ògún não era o verdadeiro Deus para os trabalhadores Um viajante missionário metodista foi visitado por um encantador de serpentes “fêmea” no Oyo em 1890 Carly. Nosso último vislumbre do culto está novamente em Ibada, quando uma mulher encontros europeus missionários “sentado à beira da estrada uma mulher velha, uma adoradora de Ògún com uma serpente enorme enrolada em volta do corpo, e ela pedindo esmolas do povo. Algum missionário deve ter fotografado a Ològún idosa do sexo feminino, intitulada “uma encantadora de serpentes”, que é mostrado na figura.

Esta consultava o culto de Ògún sem ter ido ver despercebido na literatura secundária, para salvar a referência de uma breve passagem em Pleoples Talbot Nigeria do Sul (1926) para encantadores de “serpente“, que adoram [Ogum] sob o disfarce de uma cobra Smallish chamado Mónà-moná. Isso não soa como deveria de algum conhecimento muito estreito com o culto, uma vez que os meios Mónàmoná “Python“, que melhor se encaixa na descrição das cobras grandes que às vezes ocorrem em reportagens testemunhas do século XIX. Evidentemente apagada da memória dos informantes do educador Abraão em Ibadan no início dos anos 1950 (juntamente com a memória das mulheres que também adoravam Ògún), parece que provavelmente morreu rapidamente no inicio do século XX. A velha senhora a quem a conheceu Fry cobra perto da igreja kudeti em 1911 deve ter sido um de uma banda em declínio. Parece provável que tenha morrido mais cedo entre os Egba do que entre os Oyo Yorubá: a referência Abeokuta único é a partir do 1850, enquanto que para as áreas de Oyo continuar no 1880 e posterior.

Esta parece ser apoiada pela referência confundida com o culto na história do Harding e revendo resumo da religião Egba, em 1888, ele enfatiza a importância de Ògún numa listagem de de Òrìṣá que vai falar sobre Òrìṣá Oko e Yemoja, e à direita no final notas que a adoração é também dado a uma serpente chamada “Manumanu” explica Harding ao link “Mónà-moná” claramente com Ògún, se não é devido a incompreensão ou ignorância, sugere que esta forma de culto de Ògún era até então não são UF extinto em Abeokuta.

Não é fácil, na ausência de provas de outros tipos de papéis fora da CMS, explicar o porquê do culto de Ògún deve tomar este conceito. Mas uma dica final negativa nos dá uma pequena ajuda. Existe apenas uma referência para Ògún-Ejò fora das zonas central e ocidental, mas é uma exceção que parece confirmar a regra de que esse culto foi exótico para o leste:

Na Ondo em 1878, “um homem e Ògún Deus, abençoando o povo em seu nome … [e obtendo] grandes quantidades de búzios em troca”. Mas no dia seguinte um dos chefes trimestre olhava contra eles exibindo-se nesta rua e ameaçou cortar as cobras em pedaços. Isso provocou uma revolta popular contra eles, e Lisa [chefe mais poderoso dos Ondo do dia] aconselhou-os a sair da cidade.

“Fonte – Africa’s – Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press – pág 272″

Há muitos anos atrás eu cheguei a conhecer um Ẹlẹ́gùn desta divindade, sua manifestação não é das que permanece muito tempo no barracão, sua dança se apresenta como todos os Ògún, entre seus paramentos ele pode carregar uma cobra viva e ou um vulto feito em ferro, alguns casos podem ser confeccionadas espadas onde o guarda-mão e o cabo são adornados com uma serpente, usando cores verdes e vermelhas. Uma característica deste Ògún é o seu Igbe’hun que é semelhante ao do Bará Lòde, porem não assume características do Bará, ele é um Ògún e mantém sua identidade como tal. Mas não deve ser despachado no Yara-bọ e sim na porta do barracão em pé com as costas virada para a rua, é uma divindade da rua e será tratado com detalhes pertinentes ao seu fundamento.

Desde que a terra de Ilé-Ifé era praticamente deserta, neste momento, parece bastante provavelmente que estes dois empresários religiosos não eram próprias IFES, mas os mercados dos Oyos de Modakeke e adjacentes, onde o culto deve ter sido tão prevalente como era em Ibadan ou Ijaye. No entanto, que pode ser que os Ondos assumiram claramente o grande mal que estranhos deveriam por um fim de apresentar suas divindades mais importantes, de tal forma um tanto estranho.

Portanto, precisamos buscar uma explicação em termos que se aplicam especificamente à situação na região Yorubá central e ocidental. Daomé pode parecer uma fonte possível, uma vez que tinha duas divindades cobra notáveis. Havia a Dangbe vodun, representada por uma cobra grande em seu centro de culto principal em Uidá, e também adoraram ao longo da Lagoa, na medida Badagry, e houve também a serpente do arco-íris de Dan, também conhecido como Aido-Hwedo ou (pelo Yorubá) Osumare, cujas origens foram localizados ao norte do país Mahi Abomey. Mas nenhum dessas parece ter qualquer afinidade com Ògún (ou com o Gu, a sua forma Dahomean). Em qualquer caso, uma explicação de um culto em termos das origens externas é menos útil do que uma que lida com o seu significado intrínseco.

Infelizmente, a falta de provas externas para complementar as contas fino nas revistas CMS impede mais do que a especulação mais hesitante. A serpente um simbolismo em geral, pode transportar um número de conotações diferentes, mas uma das mais difundida é a de terra, poder enraizar ou aglutinar, e isso na maioria das tecnologias de produção do ferro, mineração e fundição, muito praticada na região Yorubá central e ocidental. Ògún, como cobra, evidentemente, teve o seu coração nas cidades de Oyo, onde Ògún, apesar de não atingir o grau de reconhecimento cívico que entrou no ferro-come vindo do leste, foi, no entanto, um culto antigo, provavelmente mais do que Ṣàngó. Foi em Oyo na década de 1950 que Peter Morton-Williams deparou com a Alajogun Òrìṣá, uma refração de Ògún conhecido como a divindade de luta. Alajogun, ao contrário de Ògún, foi representado na forma humana, e em uma instância foi acompanhado por sua esposa Oke Ijemori, ela de pé com uma cobra em volta do pescoço (por ela foi dito queria jogar para eles)! Suas crianças estavam Hills (oke), e uma pergunta se o ferro-circular foram particularmente destinados como mais adequado para um símbolo deste grande poder, tirando da terra o que Mónàmoná, a Python.

“Fonte – Africa’s – Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press – pág 273″

Este Ògún tem permissão de permanecer dentro da casa quando inicia o Sirrum, acompanhado do Legba, Zina, Lòde, Oyá, Ṣàngó e Xapanã que dão o start no aos rituais dos fúnebres. Para que este ritual possa ser executado fechamos o Yara-bọ, apagamos as velas cobrimos o Igbá-Òrìṣá, Igbá- Orí e abrimos nosso Igbalè, local sagrado e escondido aos olhos dos visitantes, pois ali repousa o passado e o presente. Somente os que possuem Oyè podem participar e ajudar nos rituais do Sirrum.

Um dos pontos mais curiosos talvez seja que quando preparamos o corpo do Lailèmí louvamos para as divindades acima citadas, para logo a seguir começar com os cânticos do Arissum.

O àṣẹ personificado por Ògún dirige a energia – que impele a novos reinos preparando o novo chão, e realiza ordinariamente a renovação. Ògún representa realização, exploração, e inovação (celeiros 1980). Penetra as fronteiras do desconhecido – a floresta, o chão de batalha, e as orlas da sociedade. Ele reina e a humanidade se beneficia e em algumas ocasiões destrói partes dela, e nesta missão ele é insaciável, tenaz, e inflexível. Seu caminho está freqüentemente cheio de perigos inesperados. É a natureza do Ògún pode ser rápido, direto, e forte. Sendo criativo ou destrutivo, sua dinâmica pode ser caracterizada como explosivo. Muitos dos símbolos do Ògún, tal como a cobra do Àgbaadù, representa seu àṣẹ pequena e preta, com uma listra vermelha no seu pescoço, o Àgbaadù ou Cobra inevitavelmente é muito rápida, maliciosa, e letal e, por causa de seu tamanho pequeno, pode atacar as pessoas completamente por surpresa. O ferro também personifica o àṣẹ do Ògún (cf. H. Drewal, capítulo) coerente com a natureza do seu poder, nas ferramentas de ferro quando usado pelas pessoas nas ações do trabalho e desempenho prontamente, vigor, e uma liberação explosiva. Como os atos do Ògún, nestas ações podem ser criativos, mas ele se cala também se destrói intencionalmente ou acidentalmente. Trabalhar com ferro, homem assim partilha da força dinâmica do Ògun. Por isso, ação humana pode ser vista derivadamente e relativa desta força metafísica, ou definitivamente àṣẹ, este relacionamento entre ação humana e força metafísica em grande parte explica a necessidade das pessoas que usam ferramentas de ferro nos sacrifícios de Ògún. Os indivíduos revitalizam Ògún por sacrifício de modo que possam partilhar desta vitalidade e comungar com ele em segurança. A fala de àṣẹ do Ògún, portanto, é ouvido e é observado. É expressando fisicamente e audiovisualmente na dinâmica de dança e desempenho oral. Tanto dança como expressões vocais são esforços físicos com tempo expressando e tomando atitudes, espaço, peso, e fluxo (bartenieff 1980). Talvez uma combinação de prontidão, vigor, e sinceridade expressada numa liberação explosiva de energia que repete-se freqüentemente nas imagens de representativa do Ògún; estas mesmas qualidades também são aludidas no físico e comportamental dos muitos objetos e seres, como o ferro e a cobra do Àgbaadù, com compor seu complexo simbólico. A seguinte análise das qualidades dinâmicas de textos orais e dança específico a Ògún demonstra como exibe o àṣẹ de Ògún. Um das imagens dominantes do Ògún é isso de destruição. Os celeiros, aliás, Ògún de pareceres “uma metáfora para os poderes perigosos e destrutivos da humanidade” (1980). Seu Itan oral de elogio que reforça a imagem destrutiva:

1 O p(a) ọkọ s(i) oju ina2 O p(a) aya s(i) marido3 O p(a) wọn wẹrẹw ẹrẹ as l(i) (o)de

4 Ògún ni ẹjẹrengun ilê alaigbọran5 Gbe orí olorí sawísa 6 O wo (o)ko Oloko rojo rojo7 O pọn (o)mi si (i)lé ti ẹjẹ wẹ 8 Ògún l(i) ọn jẹ agbe (i)rin Omo pa Omo 9 Sare m(u) omi wa o pa meje10 Ọkurin giri bi ẹni ṣi lẹkun

11 O pa s(i) otun o ba otun jẹ12 O pa s(i) osí o ba osí jẹ1 Ele que mata o marido antes do fogo,

2 Ele que mata a esposa no antes,

3 Ele que mata pequenos para libertar o exterior.

4 Ògún é a folha na casa do homem feroz e orgulhoso.

5 Ele que calcula a cabeça de outro livremente.

6 Ele que aponta no pênis de homens.

7 Com água na casa que ele lava com sangue

8 Ògún que faz o abate de criança brincando com o ferro

9 Ao carregar água ele que mata sete (as pessoas)

10 Tremores de homem como alguém que abre a porta

11 Ele que abate no direito de Ògún e destrói no correto

12 Ele que mata na esquerda e destrói na esquerda. (borda 1967)

“Fonte – Africa’s – Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press – pág 204″

Para a nossa cultura, ou acredito que seja para as muitas culturas afrobrasileiras o Ọ̀be pertence ao Ògún, o ferreiro que forjou as armas para os Deuses, nos deu a faca para que pudéssemos cortar e oferecer sacrifícios para todas as divindades, não começamos nem um ritual sem antes louvar o ferreiro e pedir permissão para que possamos iniciar os rituais. Acredito que a ligação do Ávágã surge no assentamento do Àgbaadù neste mesmo onde come a Ọ̀be que usaremos para todos rituais pertinentes à rua, e seus caminhos.
Uma reza cantada para ele, que representada um guerreiro lutando, cortando e se defendendo, que costumamos tirar logo após despachar o Ẹ̀kọmi onde aqueles que foram para a rua levando o carrego voltam para o salão, ou no início do toque logo após louvar os Bara. Facilmente notarão a mistura de uma ou outra palavra yoruba ao djedje, talvez tenha isto tenha acontecido no inicio onde os nossos respeitos antepassados misturaram, talvez pela falta de informações que temos hoje, isso deve ter ocorrido, mas nada fatal proporcionou à nossa cultura.

Chouchou Cho nyi pa dô

Gan gan gan Cho nyi pa dô

(baseado no vocabulário djedje e Yorubá)

Porem eu aconselho ao não tentarem tradução pelo fator natural da amputação fonética que as cantigas sofreram, sendo impossível termo uma tradução exata, porem podemos ter uma base o que não significa que seja a devida tradução das mesmas.

Há muitos anos atrás eu cheguei a conhecer um Ẹlẹ́gùn desta divindade, sua manifestação não é das que permanece muito tempo no barracão, sua dança se apresenta como todos os Ògún, entre seus paramentos ele pode carregar uma cobra viva e ou um vulto feito em ferro, alguns casos podem ser confeccionadas espadas onde o guarda-mão e o cabo são adornados com uma serpente, usando cores verdes e vermelhas. Uma característica deste Ògún é o seu Igbe’hun que é semelhante ao do Bará Lòde, porem não assume características do Bará, ele é um Ògún e mantém sua identidade como tal. Mas não deve ser despachado no Yara-bọ e sim na porta do barracão em pé com as costas virada para a rua, é uma divindade da rua e será tratado com detalhes pertinentes ao seu fundamento.

O verbo pa é uma ação, matar, ser comum em poesia de elogio e invocações para Ògún, e sua dinâmica e desempenho oral é análoga à dinâmica visível de movimento. Por isso a expressão oral pode ser submetida ao mesmo tratamento analítico que é dado a esforço físico. “O verbo pa pronunciado em textos orais transmite um golpe que é espacialmente direto, e poderoso, executado com uma liberação explosiva. Neste volume (capítulo 2), Armstrong usa o ortografia Kpa para sublinhar a força vocal do “p” de Yoruba soar sua repetição, ” Ó pa ọkọ…. Ó pa aya… Ó pa wọn wẹrẹw ẹrẹ “ (linha 1-3) e assim por diante, evoca imagem do Ògún com um cutelo na mão escondendo ao redor. Realmente, na sua maioria amplamente sabe que elogios é, “matou-os com um golpe (instantaneamente)” (Ó p’awọn bere kojo). Esta imagem verbal é promulgada fisicamente em Ilaro, onde, em certas ocasiões, um caçador possuído rapidamente por Ògún pelo povoado, cutelo em mãos, e decapitando qualquer cão no seu caminho com um golpe da sua lâmina de ferro. Outra invocação para Ògún declara:

1 Ó pa oko síbi iná

2 Ó PA aya si bálùw ẹ̀

3 Ó PA Omo pa ìya

4 Adamolore kège kège

5 Kùtùkùtù l’Ògún ba

6 Àiyí Gọlọtọ s’oko oloko

7 Ekun oko eke wo



1 Ele que mata o marido bota a orelha no fogo

2 Ele que mata a esposa na casa de banho

3 Ele que mata a criança, e mata a mãe

4 Espada-cortes-fora-cabeça kège de kège 5 De manhã cedo, Ògún encontrou-os

6 Eles que foram achados na pedra-morta na fazenda de outro fazendeiro

7 Ògún punirá esses que não temem-no (1975)



As frases acima que jogam sobre “p” duro e sons de k”” pronunciaram com energia explosiva. Possuem uma dinâmica que é desencadeada no ato de pronunciá-los, e transmitem força pelos padrões eficazes de tensão colocada em consoantes, redige, ou introduz, chapéu é a combinação de tom, velocidade de sílabas, força vocal, e fluxo-todo que combina simular esforço físico. Outra vez, o “pa” de palavra (abate) é direto, rápido, e explosivo. Em outra frase contendo uma palavra-quadro, kège de kège “a espada-cortes-fora-encabeça,” a imagem de cabeças rolando é transmitida. O kège do som tem uma qualidade lenta pesada e, quando repetido, sugere movimento contínuo. O kè de sílaba interrompeu pelo som de “Ge” seguiu por uma pausa curta e jogos de repetição para cima um ritmo que evoca uma imagem imediatamente horrível e humorístico, que de um pesado, cabeça de esfera de forma irregular formada –rolando depois de o impulso poderoso rápido do cutelo do Ògún. É frente evidente estes exemplos que Yoruba tem uma grande sensibilidade a qualidades dinâmicas e que os usam bem deliberadamente em desempenho-e verbal, como veremos, em dançar e evocar, e assim finalmente invocar, a força vital de Ògún. Por todo Yorubaland há muitos estilos diferentes de dança do Ògún. Para os propósitos deste papel, no entanto, um estilo distinto e seu concurso serão discutidos: A dança de transe de posse de Ògún associou-se com um festival ritual para os deuses em Yorubaland ocidental. Uma comparação então será feita com dança de transe de posse de Ògún nas casas de candomblé de Yoruba-Derivou de Bahia, Brasil. Estes exemplos fornecem-nos com discernimento no papel de dança e a importância de suas qualidades dinâmicas em ritual. Usar o corpo como um instrumento expressivo, o dançarino de Ògún evoca, e assim ao invoca, as qualidades dinâmicas reais que constituem a essência do deus e realiza isto por manipulações e tempo controlador, espaço, energia, e fluxo de acordo com precedente tradicional.

“Fonte – Africa’s – Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press – pág 206″

uma vez eu li que Ketu é Nàgó, sim é verdade, pois Ketu pertence realmente à cultura Nàgó, porem o Nàgó não é Ketu como a maioria costuma pensar. Da mesma forma que a cultura Yorubá também segue o mesmo conceito onde podemos ver religiões baseadas no Yorubá, mas nem tudo é ketu, por exemplo, os Nàgó cultuam os Deuses Yorubá, da mesma forma que Ketu e Ifá. Não seria diferente para os Nàgó possuirem subdivisões religiosas importantíssimas para sua estruturação e individualização de cada uma delas.

Entre os cultos mais difundidos no Brasil eu acredito que os Nàgó sejam os mais fechados, mais sigilosos e esquivos. Enquanto todas as culturas se apresentaram e foram em busca do status e fama, os Nàgó se fecharam nos seus segredos e culto. E observo que muitos fundamentos das famílias Nàgó são desconhecidos e chegam a causar certo espanto para a comunidade afrobrasileira. A cultura que nos cerca é riquíssima e celebra anos de uma tradição que começa agora a ser descoberta pelos brasileiros.

Buscar a origem dos fundamentos e conceitos que nos cercam é a necessidade que temos em mostrar os preceitos e costumes do nosso povo, que não são invenções e muito menos será um embuste religioso.

Uma referencia da veracidade e diversidade é esta matéria editada no livro “Ògún – Old Word and new de 1997” que ilustra um culto e fundamento que deve ter sido apagado na áfrica, pois os atuais sacerdotes e sacerdotisas não se recordam ou jamais ouviram falar nestes Ògún que carregam uma Python. Por isso eu acredito que o resgate da cultura é importantíssimo para comunidades religiosas serias que almejam um culto forte e limpo. Os tratos e rituais acima citados são apenas uma apresentação superficial do Ògún que cultuamos dentro da nossa nação e que está presente também no culto Batuque do RS.

créditos
Texto e pesquiza – Erick Wolff∞
Agradecimento

Material de pesquiza – Luiz L. Marins
Imagem da Serpente – “Mónàmoná” – álbum do Orkut – Antonio dos Stºs Penna Fonte – livro – Africa’s Ògún – Old Word and new 1997 – Indiana University Press Tradução digital.

Vocabulário Djedje

[i] GUERRA - Wan (uãm), Whan (urram), Ahuan (arruam), Aguan (agu-am), Ava (ává)

TRIBOS QUE COMPÕE O JEJE (uma das) – Gans (gães), Popos (pôpôs)

MUITAS VEZES, MUITO TEMPO – Chouchou (tchoutchou)

QUENTE – Cho (tchô), Gbona (gbôna), Ghona (grôna)

DIZER, ESTAR – Do (dô)

ALIMENTAR, NUTRIR, PROVER - Nyi (ni-î)



Vocabulário Yorubá

Yara-bọ – Quarto ou sala sagrada destinada para rituais ou guardar Igbá-Òrìṣá, também conhecida por quarto de santo. Òrìṣá-irin = Deus do Ferro

Ògún-Ejò – Òrìṣá ògún representado por uma cobra

Igbe’hun – igbe (grito) ohun (fala) – uma forma identificada de cada divindade se apresentar, que ao se fazer presente no Àiyé ela deve dar seu Igbe’hun.

Oyè – Cargo, título ou mais de sete anos

Lailẹ̀mí – morto, inanimado.

Arissum – rituais fúnebres

Àgbaadù – assentamento deste Ògún

Ẹ̀kọmi – preparado que leva água e alguns elementos ritualísticos que possuem diversas finalidades, usadas na proteção dos templos, seguranças durante os rituais dos Òrìṣá ou Egungun

 ésóo álá de osalA.

BOA LEITURA A TODOS .
MÃE LEONOR DE OGUN.


DESDE QUE ME INICIEI NO BATUQUE EM 1.973 CONHECI O CULTO A OGUN TENDO SEMPRE UMA COBRA DE FERRO JUNTO , ( DENTRO DO IGBA).


UM COSTUME QUE NÃO VI EM OUTROS LUGARES , COMO NOSSO OBJETIVO É PESQUISAR E RESGATAR DEPAREI COM UMA MATERIA QUE TRADUZIDA DO INGLES FICOU UM POUCO ESTRANHO MAS SEI QUE É POSSIVEL ENTENDER .

FONTE: AFRICA'S-ÒGÚN-OLD WORD AND NEW 1.997-INDIANA UNIVERCITY PRESS-PAGINA 273.


Ògún e a serpente.

um Ẹlẹ́gùn desta divindade, sua manifestação não é das que permanece muito tempo no barracão, sua dança se apresenta como todos os Ògún, entre seus paramentos ele pode carregar uma cobra viva e ou um vulto feito em ferro, alguns casos podem ser confeccionadas espadas onde o guarda-mão e o cabo são adornados com uma serpente, usando cores verdes e vermelhas. Uma característica deste Ògún é o seu Igbe'hun que é semelhante ao do Bará Lòde, porem não assume características do Bará, ele é um Ògún e mantém sua identidade como tal. Mas não deve ser despachado no Yara-bọ e sim na porta do barracão em pé com as costas virada para a rua, é uma divindade da rua e será tratado com detalhes pertinentes ao seu fundamento.
Desde que a terra de Ilé-Ifé era praticamente deserta, neste momento, parece bastante provavelmente que estes dois empresários religiosos não eram próprias IFES, mas os mercados dos Oyos de Modakeke e adjacentes, onde o culto deve ter sido tão prevalente como era em Ibadan ou Ijaye. No entanto, que pode ser que os Ondos assumiram claramente o grande mal que estranhos deveriam por um fim de apresentar suas divindades mais importantes, de tal forma um tanto estranho.Portanto, precisamos buscar uma explicação em termos que se aplicam especificamente à situação na região Yorubá central e ocidental. Daomé pode parecer uma fonte possível, uma vez que tinha duas divindades cobra notáveis. Havia a Dangbe vodun, representada por uma cobra grande em seu centro de culto principal em Uidá, e também adoraram ao longo da Lagoa, na medida Badagry, e houve também a serpente do arco-íris de Dan, também conhecido como Aido-Hwedo ou (pelo Yorubá) Osumare, cujas origens foram localizados ao norte do país Mahi Abomey. Mas nenhum dessas parece ter qualquer afinidade com Ògún (ou com o Gu, a sua forma Dahomean). Em qualquer caso, uma explicação de um culto em termos das origens externas é menos útil do que uma que lida com o seu significado intrínseco.Infelizmente, a falta de provas externas para complementar as contas fino nas revistas CMS impede mais do que a especulação mais hesitante. A serpente um simbolismo em geral, pode transportar um número de conotações diferentes, mas uma das mais difundida é a de terra, poder enraizar ou aglutinar, e isso na maioria das tecnologias de produção do ferro, mineração e fundição, muito praticada na região Yorubá central e ocidental. Ògún, como cobra, evidentemente, teve o seu coração nas cidades de Oyo, onde Ògún, apesar de não atingir o grau de reconhecimento cívico que entrou no ferro-come vindo do leste, foi, no entanto, um culto antigo, provavelmente mais do que Ṣàngó. Foi em Oyo na década de 1950 que Peter Morton-Williams deparou com a Alajogun Òrìṣá, uma refração de Ògún conhecido como a divindade de luta. Alajogun, ao contrário de Ògún, foi representado na forma humana, e em uma instância foi acompanhado por sua esposa Oke Ijemori, ela de pé com uma cobra em volta do pescoço (por ela foi dito queria jogar para eles)! Suas crianças estavam Hills (oke), e uma pergunta se o ferro-circular foram particularmente destinados como mais adequado para um símbolo deste grande poder, tirando da terra o que Mónàmoná, a Python?

"Fonte - Africa’s - Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press - pág 273"Este Ògún tem permissão de permanecer dentro da casa quando inicia o Sirrum, acompanhado do Legba, Zina, Lòde, Oyá, Ṣàngó e Xapanã que dão o start no aos rituais dos fúnebres. Para que este ritual possa ser executado fechamos o Yara-bọ, apagamos as velas cobrimos o Igbá-Òrìṣá, Igbá- Orí e abrimos nosso Igbalè, local sagrado e escondido aos olhos dos visitantes, pois ali repousa o passado e o presente. Somente os que possuem Oyè podem participar e ajudar nos rituais do Sirrum.

Um dos pontos mais curiosos talvez seja que quando preparamos o corpo do Lailẹ̀mí louvamos para as divindades acima citadas, para logo a seguir começar com os cânticos do Arissum.

O àṣẹ personificado por Ògún dirige a energia – que impele a novos reinos preparando o novo chão, e realiza ordinariamente a renovação. Ògún representa realização, exploração, e inovação (celeiros 1980). Penetra as fronteiras do desconhecido – a floresta, o chão de batalha, e as orlas da sociedade. Ele reina e a humanidade se beneficia e em algumas ocasiões destrói partes dela, e nesta missão ele é insaciável, tenaz, e inflexível. Seu caminho está freqüentemente cheio de perigos inesperados. É a natureza do Ògún pode ser rápido, direto, e forte. Sendo criativo ou destrutivo, sua dinâmica pode ser caracterizada como explosivo. Muitos dos símbolos do Ògún, tal como a cobra do Àgbaadù, representa seu àṣẹ pequena e preta, com uma listra vermelha no seu pescoço, o Àgbaadù ou Cobra inevitavelmente é muito rápida, maliciosa, e letal e, por causa de seu tamanho pequeno, pode atacar as pessoas completamente por surpresa. O ferro também personifica o àṣẹ do Ògún (cf. H. Drewal, capítulo) coerente com a natureza do seu poder, nas ferramentas de ferro quando usado pelas pessoas nas ações do trabalho e desempenho prontamente, vigor, e uma liberação explosiva. Como os atos do Ògún, nestas ações podem ser criativos, mas ele se cala também se destrói intencionalmente ou acidentalmente. Trabalhar com ferro, homem assim partilha da força dinâmica do Ògun. Por isso, ação humana pode ser vista derivadamente e relativa desta força metafísica, ou definitivamente àṣẹ, este relacionamento entre ação humana e força metafísica em grande parte explica a necessidade das pessoas que usam ferramentas de ferro nos sacrifícios de Ògún. Os indivíduos revitalizam Ògún por sacrifício de modo que possam partilhar desta vitalidade e comungar com ele em segurança. A fala de àṣẹ do Ògún, portanto, é ouvido e é observado. É expressando fisicamente e audiovisualmente na dinâmica de dança e desempenho oral. Tanto dança como expressões vocais são esforços físicos com tempo expressando e tomando atitudes, espaço, peso, e fluxo (bartenieff 1980). Talvez uma combinação de prontidão, vigor, e sinceridade expressada numa liberação explosiva de energia que repete-se freqüentemente nas imagens de representativa do Ògún; estas mesmas qualidades também são aludidas no físico e comportamental dos muitos objetos e seres, como o ferro e a cobra do Àgbaadù, com compor seu complexo simbólico. A seguinte análise das qualidades dinâmicas de textos orais e dança específico a Ògún demonstra como exibe o àṣẹ de Ògún. Um das imagens dominantes do Ògún é isso de destruição. Os celeiros, aliás, Ògún de pareceres "uma metáfora para os poderes perigosos e destrutivos da humanidade" (1980). Seu Itan oral de elogio que reforça a imagem destrutiva:



BOA LEITURA A TODOS .
MÃE LEONOR DE OGUN.

OGUN E A COBRA - CONTNUAÇÃO

***CONTINUAÇÃO OGUN E A COBRA .

DESDE QUE ME INICIEI NO BATUQUE EM 1.973 CONHECI  O CULTO A OGUN TENDO SEMPRE UMA COBRA DE FERRO JUNTO , ( DENTRO DO IGBA).
UM COSTUME QUE NÃO VI EM OUTROS LUGARES , COMO NOSSO OBJETIVO É PESQUISAR E RESGATAR DEPAREI COM UMA MATERIA QUE TRADUZIDA DO INGLES  FICOU UM POUCO ESTRANHO MAS SEI QUE É POSSIVEL ENTENDER .



FONTE: AFRICA'S-ÒGÚN-OLD WORD AND NEW 1.997-INDIANA UNIVERCITY PRESS-PAGINA 273.





• O p(a) ọkọ s(i) oju ina
2 O p(a) aya s(i) marido
3 O p(a) wọn wẹrẹw ẹrẹ as l(i) (o)de

4 Ògún ni ẹjẹrengun ilê alaigbọran
5 Gbe orí olorí sawísa
6 O wo (o)ko Oloko rojo rojo
7 O pọn (o)mi si (i)lé ti ẹjẹ wẹ
8 Ògún l(i) ọn jẹ agbe (i)rin Omo pa Omo
9 Sare m(u) omi wa o pa meje
10 Ọkurin giri bi ẹni ṣi lẹkun

11 O pa s(i) otun o ba otun jẹ
12 O pa s(i) osí o ba osí jẹ

1 Ele que mata o marido antes do fogo,
2 Ele que mata a esposa no antes,
3 Ele que mata pequenos para libertar o exterior.
4 Ògún é a folha na casa do homem feroz e orgulhoso.
5 Ele que calcula a cabeça de outro livremente.
6 Ele que aponta no pênis de homens.
7 Com água na casa que ele lava com sangue
8 Ògún que faz o abate de criança brincando com o ferro
9 Ao carregar água ele que mata sete (as pessoas)
10 Tremores de homem como alguém que abre a porta
11 Ele que abate no direito de Ògún e destrói no correto
12 Ele que mata na esquerda e destrói na esquerda. (borda 1967)

"Fonte - Africa’s - Ògún – Old Word and new 1997-Indiana University Press - pág 204"
Para a nossa cultura, ou acredito que seja para as muitas culturas afrobrasileiras o Ọ̀be pertence ao Ògún, o ferreiro que forjou as armas para os Deuses, nos deu a faca para que pudéssemos cortar e oferecer sacrifícios para todas as divindades, não começamos nem um ritual sem antes louvar o ferreiro e pedir permissão para que possamos iniciar os rituais. Acredito que a ligação do Ávágã surge no assentamento do Àgbaadù neste mesmo onde come a Ọ̀be que usaremos para todos rituais pertinentes à rua, e seus caminhos.

Uma reza cantada para ele, que representada um guerreiro lutando, cortando e se defendendo, que costumamos tirar logo após despachar o Ẹ̀kọmi onde aqueles que foram para a rua levando o carrego voltam para o salão, ou no início do toque logo após louvar os Bara. Facilmente notarão a mistura de uma ou outra palavra yoruba ao djedje, talvez tenha isto tenha acontecido no inicio onde os nossos respeitos antepassados misturaram, talvez pela falta de informações que temos hoje, isso deve ter ocorrido, mas nada fatal proporcionou à nossa cultura.

Chouchou Cho nyi pa dô
Gan gan gan Cho nyi pa dô
(baseado no vocabulário djedje e Yorubá)


Porem eu aconselho ao não tentarem tradução pelo fator natural da amputação fonética que as cantigas sofreram, sendo impossível termo uma tradução exata, porem podemos ter uma base o que não significa que seja a devida tradução das mesmas.



O verbo pa é uma ação, matar, ser comum em poesia de elogio e invocações para Ògún, e sua dinâmica e desempenho oral é análoga à dinâmica visível de movimento. Por isso a expressão oral pode ser submetida ao mesmo tratamento analítico que é dado a esforço físico. "O verbo pa pronunciado em textos orais transmite um golpe que é espacialmente direto, e poderoso, executado com uma liberação explosiva. Neste volume (capítulo 2), Armstrong usa o ortografia Kpa para sublinhar a força vocal do "p" de Yoruba soar sua repetição, " Ó pa ọkọ…. Ó pa aya… Ó pa wọn wẹrẹw ẹrẹ “ (linha 1-3) e assim por diante, evoca imagem do Ògún com um cutelo na mão escondendo ao redor. Realmente, na sua maioria amplamente sabe que elogios é, "matou-os com um golpe (instantaneamente)" (Ó p’awọn bere kojo). Esta imagem verbal é promulgada fisicamente em Ilaro, onde, em certas ocasiões, um caçador possuído rapidamente por Ògún pelo povoado, cutelo em mãos, e decapitando qualquer cão no seu caminho com um golpe da sua lâmina de ferro. Outra invocação para Ògún declara:

1 Ó pa oko síbi iná

2 Ó PA aya si bálùw ẹ̀
3 Ó PA Omo pa ìya
4 Adamolore kège kège
5 Kùtùkùtù l’Ògún ba
6 Àiyí Gọlọtọ s’oko oloko
7 Ekun oko eke wo


1 Ele que mata o marido bota a orelha no fogo
2 Ele que mata a esposa na casa de banho
3 Ele que mata a criança, e mata a mãe
4 Espada-cortes-fora-cabeça kège de kège 5 De manhã cedo, Ògún encontrou-os
6 Eles que foram achados na pedra-morta na fazenda de outro fazendeiro
7 Ògún punirá esses que não temem-no (1975)

As frases acima que jogam sobre “p” duro e sons de k”” pronunciaram com energia explosiva. Possuem uma dinâmica que é desencadeada no ato de pronunciá-los, e transmitem força pelos padrões eficazes de tensão colocada em consoantes, redige, ou introduz, chapéu é a combinação de tom, velocidade de sílabas, força vocal, e fluxo-todo que combina simular esforço físico. Outra vez, o “pa” de palavra (abate) é direto, rápido, e explosivo. Em outra frase contendo uma palavra-quadro, kège de kège “a espada-cortes-fora-encabeça," a imagem de cabeças rolando é transmitida. O kège do som tem uma qualidade lenta pesada e, quando repetido, sugere movimento contínuo. O kè de sílaba interrompeu pelo som de “Ge” seguiu por uma pausa curta e jogos de repetição para cima um ritmo que evoca uma imagem imediatamente horrível e humorístico, que de um pesado, cabeça de esfera de forma irregular formada –rolando depois de o impulso poderoso rápido do cutelo do Ògún. É frente evidente estes exemplos que Yoruba tem uma grande sensibilidade a qualidades dinâmicas e que os usam bem deliberadamente em desempenho-e verbal, como veremos, em dançar e evocar, e assim finalmente invocar, a força vital de Ògún. Por todo Yorubaland há muitos estilos diferentes de dança do Ògún. Para os propósitos deste papel, no entanto, um estilo distinto e seu concurso serão discutidos: A dança de transe de posse de Ògún associou-se com um festival ritual para os deuses em Yorubaland ocidental. Uma comparação então será feita com dança de transe de posse de Ògún nas casas de candomblé de Yoruba-Derivou de Bahia, Brasil. Estes exemplos fornecem-nos com discernimento no papel de dança e a importância de suas qualidades dinâmicas em ritual. Usar o corpo como um instrumento expressivo, o dançarino de Ògún evoca, e assim ao invoca, as qualidades dinâmicas reais que constituem a essência do deus e realiza isto por manipulações e tempo controlador, espaço, energia, e fluxo de acordo com precedente tradicional.

Uma vez eu li que Ketu é Nàgó, sim é verdade, pois Ketu pertence realmente à cultura Nàgó, porem o Nàgó não é Ketu como a maioria costuma pensar. Da mesma forma que a cultura Yorubá também segue o mesmo conceito onde podemos ver religiões baseadas no Yorubá, mas nem tudo é ketu, por exemplo, os Nàgó cultuam os Deuses Yorubá, da mesma forma que Ketu e Ifá. Não seria diferente para os Nàgó possuirem subdivisões religiosas importantíssimas para sua estruturação e individualização de cada uma delas.

Entre os cultos mais difundidos no Brasil eu acredito que os Nàgó sejam os mais fechados, mais sigilosos e esquivos. Enquanto todas as culturas se apresentaram e foram em busca do status e fama, os Nàgó se fecharam nos seus segredos e culto. E observo que muitos fundamentos das famílias Nàgó são desconhecidos e chegam a causar certo espanto para a comunidade afrobrasileira. A cultura que nos cerca é riquíssima e celebra anos de uma tradição que começa agora a ser descoberta pelos brasileiros.


Buscar a origem dos fundamentos e conceitos que nos cercam é a necessidade que temos em mostrar os preceitos e costumes do nosso povo, que não são invenções e muito menos será um embuste religioso.

Uma referencia da veracidade e diversidade é esta matéria editada no livro “Ògún – Old Word and new de 1997” que ilustra um culto e fundamento que deve ter sido apagado na áfrica, pois os atuais sacerdotes e sacerdotisas não se recordam ou jamais ouviram falar nestes Ògún que carregam uma Python. Por isso eu acredito que o resgate da cultura é importantíssimo para comunidades religiosas serias que almejam um culto forte e limpo. Os tratos e rituais acima citados são apenas uma apresentação superficial do Ògún que cultuamos dentro da nossa nação e que está presente também no culto Batuque do RS.

Aqui deixo meu agradecimento a fonte onde me serviu de estudo para esse trabalho .

Créditos
Texto e pesquiza - Erick Wolff∞

Material de pesquiza - Luiz L. Marins
Fonte - livro - Africa’s Ògún – Old Word and new 1997 - Indiana University Press
Tradução digital.

Apetebi Osagbe Leonor

ESU NO BATUQUE



ESU NO BATUQUE




NO BATUQUE SE CULTUA OS ESUS, BARA LODE QUE TEM SUA CASA FORA DO TEMPLO E GERALMENTE NA ENTRADA DO PORTÃO.

ESSA CASA ELE DIVIDE COM OGUN AWA GAN,O OGUN GUARDIÃO DO TEMPLO,

E EM ALGUMAS NAÇÕES COM OYA TY N’BÓ WA.

EM ALGUMAS CASA LODE COME JUNTO COM AWA GAN , PODENDO DIVIDIR , TANTO AS AVES COMO OS BICHOS DE QUATRO PATAS .

HÁ CASAS QUE QUE FAZEM EM SEPARADO , RECEBENDO CADA UM O SEU ANIMAL.



OYA TY N’BÓ WA...

FAZ PARTE DA SEGURANÇA DO TEMPLO ASSIM COMO ESU LODE E OGUN AWA GAN , SENDO ELA MAIS ESPICIFICAMENTE PARA IMPEDIR O TRANSITO DE EGUNS.

NÃO CONFUNDIR COM OYA GBALÉ QUE TEM SUA CASA SEPARADA , E COM FORMA DE CULTUA-LA BEM DISTINTA.

ESU LODE RECEBE CABRITOS CALÇADOS COM QUATRO GALOS PARA CADA PÉ.

EM CASO DE SE DAR APENAS AVES , SERÃO NA QUANTIDADE DE SETE , OU NO MINIMO TRES , SE NÃO SE PODE DAR A SETE.

NÃO SE DA EM NUMEROS PARES , SÓ IMPARES .



ALEM DE ESU LODE , QUE É ASSENTADO APENAS NA OCASIÃO DA ABERTURA DO TEMPLO, QUANDO É PARA UM HOMEM , SE FOR PARA UMA YIALORISA , SERA APENAS ASSENTADO QUANDO ESTA JÁ TIVER PASSADO A ÉPOCA DA MENOPAUSA.

MULHERES QUE MENSTRUAM , NÃO PODEM CUIDAR NEM POSSUIR ASSENTAMENTO DE ESU LODE.



OS DEMAIS ESUS COMO :

BARA LONAN , BARA IJELU , BARA D ‘AGUE , QUE SUPONHO SER LIGADO A OSANYIN , DIGO ‘’SUPONHO ‘’, ISSO NÃO VEM COM MEU APRENDIZADO NO ASÉ ONDE ME CRIEI.

ENTRE OUTROS ....

ESSES SÃO ASSENTADOS NA OCASIÃO DA FEITURA DO NOVIÇO , ANTES DE QUALQUER RITO PARA ORISA E DEPOIS DOS EBÓS DE LIMPESA SACUDIMENTO ETC,,,



LODE RECEBE EM SUA CASA UM EKÓ DISOLVIDO EM AGUA E DENDE

OGUN AWA GAN UM EKÓ EM AGUA , DENDE E ALGUNS ACRECENTAM VINHO.

OS DEMAIS RECEBEM EKÓ COM AGUA E DENDE , QUE DEVE SER DESPACHADO E RENOVADO TODA SEGUNDA-FEIRA DE MANHÃ.

AS VASILHAS COM ESSES EKÓS FICAM NO CHÃO AOS PÉS DE CADA UM.

AS AGUAS DAS QUARTINHAS DE BARA DEVEM SER DESPACHADAS E RENOVADAS , TODAS AS MANHÃS , QUANDO OS ZELADORES LEVANTAM PELA MADRUGADA , LEVAM PARA A RUA , E DESPACHAM AS AGUAS DE SEU BARA.

APRENDEMOS QUE AO LEVAR A QUARTINHA PARA A RUA ESTAMOS LEVANDO NOSSO ESU PARA A RUA TAMBEM , ONDE ELE VAI TRABALHAR NA ABERTURA DE CAMINHOS ETC.

DIZ-SE QUE SE NÃO LEVAMOS NOSSO ESU PARA A RUA , ESTE FICA EM CASA E NÃO TRABALHA , ASSIM FICANDO A VIDA DO FILHO PARADA TAMBEM .

COM A VIDA MODERNA FICA CADA VEZ MAIS DIFICIL FAZER ESSE RITUAL DIARIAMENTE , POR ISSO A MAIORIA FAZEM A TROCA DE AGUA DAS QUARTINHAS APENAS NA SEGUNDA –FEIRA.

MÃE LEONOR DE OGUN.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

OGUN AKORO


Filho de Yemanjá ou Oduá com Oxalá.Está ligado ao mistério das árvores, consequentemente à Oxalá. Seu "assento" está ao pé de um Igí-uyeuè (cajazeira) no Brasil, onde um adàn, akòko ou Àràbà na Nigéria e no Daomé, e rodeado por uma cerca de peregun. Podendo também ficar ao pé do Igí-òpé cujo tronco simboliza a matéria individualizada dos funfun (orixás do branco, particularmente Oxalá), que as folhas brotadas sobre os ramos ou troncos, simbolizam descendentes e que o màrìwò é a representação mais simbólica de Ogún.


Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são primeiro de pedra, depois o ferro. Sua primogenitora converte-o em quase irmão gêmeo de Exú.

Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por consequencia) em seu trabalho: agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros que juntaram-se ao grupo desde o início do século, mecânicos e motoristas; rendem homenagem à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.

• Akóro Ko l'axo Akóro não tem roupas

• Màrìwò l'axo Ogún o! Màrìwò veste Ogún

• Màrìwò Màrìwò

Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é o regente dos "caminhos" no seu sentido de trabalho, oportunidades profissionais, e ao mesmo tempo "guardião" da casa, é expressa em sua cantiga:

• Ogún á jó (Ogún dançará) e màrìwò (fronde da palmeira, usada como sua roupa) Ogún Akòró e màrìwò

• Iwó a gba 'lé bg'ònà (ele ocupará a casa e o caminho)

• Ogun á jó e màrìwò màá tú yeye (fronde da palmeira cresça)

• Akóro pa lónìí ó

• Pa o jàre pa léle pa

• Ogún pa o jàre

• Akóro - uma qualidade de Ogún

Nesta cantiga está se pedindo para Ogun abrir os caminhos : vai cortando, desembaraçando o caminho. Uma outra tradução, fala em matar, de quando os orixás vinham a guerra, e que eles lutavam.

Historicamente, teria sido o filho mais velho de Odùduà, o fundador de Ifé, usando o título de Oniré (Rei de Irê), por se apossar da cidade de Irê, matando seu rei; usava uma diadema.
 
 

YIEMONJA OGUNTÉ



É a quarta Yemanjá, Ogunté quer dizer aquela que tem  Ogum. Esposa de Ogum Alagbedé, mãe de Ogum Akorô Onigbé, após a retirada de Ogum Alagbedé para a cidade de Ifé Irê tornou-se esposa de Oxaguiã, mãe de Ogunjá e Oxóssi Inle, tem ligação com Ogum, Oxaguiã, e Oxóssi, vive perto das praias no encontro das águas com as pedras, guardiã dos arrecifes, traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum, é a guerreira do castelo de Olokun (que é a grande ancestral mãe de todas as Yemanjá), porta a espada da morte o alfanje, por isso também tem o poder de ceifar a vida, só sai á noite, sendo considerada a Yemanjá da Noite, Senhora das Sete Estrelas, é considerada violenta e severa. Senhora das águas que ninguém segura, as águas violentas, que saem arrastando tudo, guerreira como Yansã, Dona do canto mais alto e profundo, diz à lenda que Ogunté chamava Ogum Alagbedé, com um canto agudo, que podia ser ouvido de qualquer parte..
Um outro mito relata que ela vive nas matas acompanhando Ogun e Odé.
Boa leitura a todos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010


Da união de Obatalá, o céu, com sua esposa, a terra, nasceram dois filhos: Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas. Da união com Aganju, Iemanjá deu à luz a Orungã, o ar, o espaço entre a terra e o céu. Mas Orungã cresce e se apaixona pela linda e sensual Iemanjá. E da união dos dois, o ar e a água, cresce profundo amor. Mas, aflita, Iemanjá um dia se desprende dos braços de Orungan e foge alucinada, desprezando a continuidade daquele amor proibido. Orungã então a persegue, mas, prestes a alcançá-la, Iemanjá se deita. O corpo então cresce e, dos seus seios fartos, nascem dois rios que adiante se reúnem, constituindo uma lagoa. Do seu ventre fértil que se rompe, nascem: Dadá Ajacá, orixá dos vegetais; Xangô, deus do trovão; Ogum, deus do ferro e da guerra; Olocum, deus do mar; Oloxá, deusa dos lagos; Oiá, deusa dos ventos e da tempestade; Oxum, deusa das águas doces do rio Oxum; Obá, deusa do rio Obá; Okô, orixá da agricultura; Okê, deus das montanhas e das pedras; Oxóssi, deus das matas e dos caçadores; Ajê Xaluga, deus da riqueza; Xapanã, orixá da varíola e da saúde; Orum, o sol; e Oxú, a lua.


EM um itan de odu iwori meji,numa narrativa segundo a qual ,Aganju, por nao poder controlar sua encandescencia, nao podia se aproximar de seus suditos para impor-lhes ordem e diciplina e , desta forma seu reino vivia no caos.cada um fazia o que bem entendia, e a desordem levava tudo a destruiçao inevitavel.

Sabedor que existia um poderoso monarca que nao podia contolar seu reino,Sango resolveu procura-lo e colocar-se a disposiçao.depois de dias de viagem , Sango chegou ao reino de Aganju.
Quando estava bem proximo, ainda no interior da floresta, Sango ouviu vozes e tratou de se esconder entre as arvores,para observar sem ser notado.
Esgueirando-se entre as arvores Sango chegou o mais perto que pode do local onde vinha as vozes , e viu com grande espanto um homem enorme cujo corpo era revestido por lava encandescente.
Este esquisito ser deitado no colo de Osun , vociferava, bradava,esbravejava e se debatia furiosamente , enquanto Osun jogando agua em seu corpo em brasa, tentava acalma-lo carinhosamente.
"Acalme-se dizia Osun, quanto mais furioso, mais destrutivo voce fica"
"Mas como posso ficar calmo se meu reino esta um caos?"
Pelas caracteristicas Sango deduziu que o gigante seria Aganju . foi entao que pressentindo a presença de alguem estranho ,Aganju bradou irritado:"quem esta ai escondido ? mostre-se ou incendiarei tudo"
Calmamente Sango saiu de seu esconderijo e se apresentou :
"Sou eu , Sango, rei de Oyo"
-E quem deu permissao para aproximar-se de meu reino?"perguntou Aganju indgnado.
-Permissao?
‘’Zombou Sango-" e quem disse que eu preciso permissao de alguem para eu ir onde me der vontade ?"
Sou Sango rei de Oyo e vou onde quero e quando quero !
Cada vez mais furioso Aganju respondeu; -voce sabe a que perigo esta se expondo com tanta ousadia , sabe que posso transforma-lo em cinzas agora mesmo?
-Transformar a mim em cinzas?
-Mas como , se posso sempre quando quero transformar-me em fogo?
-Logo se ve o quanto voce e estupido!
E imediatamente para o espanto de Aganju, Sango se transformou numa enorme labareda .- Esta vendo? eu tambem sou fogo, mas so quando quero!
Sem nada entender Aganju limitou-se a perguntar:
- Afinal o que quer de mim, o que veio fazer em meu reino?
-Vim oferecer-lhe ajuda,somente eu posso resolver seu problema !
-Mas como resolver meu problema? perguntou Aganju irritado.
Osun que a tudo assistia ,limitava-se a jogar agua no corpo do gigante enfurecido,na tentativa de acalma-lo mas divertia-se com a ousadia de Sango ,e de alguma forma previa onde o rei de Oyo pretendia chegar.
Na verdade seu reino esta em decadencia devido a desordem que la impera , nao e verdade ?perguntou Sango.
-Nao e verdade que cada vez que se aproxima de alguem para transmitir suas ordens acaba incinerando o infeliz?
-Sim ,sim, e verdade!respondeu Aganju, agora trocando a furia pela curiosidade.
mas de que maneira pode me ajudar?
-É muito simples! disse Sango sentando-se no que sobrara de um tronco de arvore calcinado por Aganju.
-Basta fazer-mos um acordo , que diga-se de passagem , interessa mais a voce do que a mim!
desconfiado Aganju perguntou.
-Que tipo de acordo?
- Simples! como voce mesmo ve posso me transformar em fogo tambem, a diferença e que tenho total controle sobre esse fenomeno e voce nao!
- Voce que nao consegue controlar seu proprio poder como vai por seu reino em ordem?
Desta forma se me der autorizaçao poderei transmitir suas ordens a seus suditos sem causar-lhes nenhum dano!
O filho do vulcao pensou um pouco e novamente desconfiado pediu a seguinte explicaçao:
O problema e so meu e de meu povo, que interesse tem voce em ajudar?
Ai Sango explicou.
Sou rei de um reino visinho,temo que a desordem existente no seu reino alastre-se por toda visinhança e chegue a meus dominios, como uma doença contagiosa!
É por isso resolvi te oferecer ajuda, nenhum outro interesse a nao ser manter a segurança do meu proprio reino me traria diante de voce.
Osun ja entendera as intenções do rei de Oyo, limitava-se a esboçar um sorriso misterioso e mal disfarçado.
Conhecia a fama de Sango e sabia o quanto era astuto,e que por tras de tudo que falava havia uma outra intençao escondida.
-Pois bem respondeu Aganju, e de que forma pagarei seus serviços?
Quanto me custara a intermediaçao entre meu povo e eu?
-Nao te custara nada,respondeu Sango desviando os olhos do olhar abrasador de Aganju.
Apenas exijo que voce passe a usar as mesmas insignias que eu , a partir que nosso trato for formalizado, voce passara a usar os mesmos simbolos que me representam,e que a partir de entao passarao a representa-lo tambem.
O oxe, machado de duas laminas, o Xere que imita o ronco do trovao fenomeno que tambem domino, serao a partir de entao simbolos comuns entre nos dois.
Continuou Sango com sua explicaçao:desta forma seu povo vendo em minhas maos as insignias usadas por voce , reconhecerão minha autoridade e acatarao as ordens que irei transmitir.
Aganju pergunta
- Qual a sua opiniao Oxun? a Iyagba que ja o deixara sosinho e fora sentar-se ao lado de Sango, responde: Acho uma boa proposta e que voce nao deveria desperdiçar!
Enquanto expressava sua opiniao Osun acariciava maliciosamente as tranças que adornavam a cabeça do rei de Oyo.De um salto Aganju se pos em pe, no que foi imitado por Sango,aproximando-se pacificamente de seu novo aliado,abraçou-o e disse solenemente:Aceito sua ajuda, e comprometo-me a partir de hoje a usar seus simbolos de poder.
Depois de retribuir o abraço, Sango entregou-lhe o oxe e o xere, e partiu para o reino de Aganju onde atraves do pacto formalizado,passou a reinar e impor suas leis e ordem independente da vontade de Agnju, seu legitimo rei.
e por isso que Aganju usa as mesmas insignias de Sango, que usando de astucia assumiu com seu consentimento o dominio sobre seu povo.

NASCE O RITUAL DO ASESE

nasce o ritual do asese




Oyá foi uma princesa real em Irá, Sobrinha neta do rei de Elempé, neta de Torossi (mãe de Xangô) Viveu em Nupe,no ano de 1450 aC. É a divindade que controla o igbalé,''casa dos eguns''. Deusa do rio niger, chamado pelos yorubas de, Odo Oya. O culto a Oya em Porto Novo, no antigo Daomé,recebia o nome de avesan no bairro akron,(Lokoro dos yorubas)e o nome de Abesan, ao norte ,em Baningbe. Estes nomes estao relacionados com a expressao Aborimesan, que significa nove cabeças, uma alusão aos nove braços do rio Niger..

Oiá inventa o rito funerário do axexê



Vivia em terras de keto um caçador chamado Odulecê, era o líder de todos os caçadores, ele tomou por sua filha uma menina nascida em Irá, que por seus modos espertos e ligeiros era conhecida por Oiá.

Oiá tornou-se logo a predileta do velho caçador, conquistando um lugar de destaque naquele povo. Mas um dia a morte levou Odulacê, deixando Oiá muito triste.

A jovem pensou numa forma de homenagear o seu pai adotivo, reuniu todos os instrumentos de caça de Odulacê e enrolou-os num pano. Também preparou todas as iguarias que ele tanto gostava de saborear. Dançou e cantou por sete dias, espalhando por toda parte, com seu vento, o seu canto, fazendo com que se reunissem no local todos os caçadores da terra.

Oiá embrenhou-se mata adentro e depositou ao pé de uma árvore sagrada os pertences de Odulacê. Olorum, que tudo via, emocionou-se com o gesto de oiá e deu-lhe o poder de ser a guia dos mortos no caminho do Orum, transformou Odulacê em orixá e Oiá na Mãe dos espaços dos espíritos. Desde então todo aquele que morre tem seu espírito levado ao Orum por Oiá. Antes, porém, deve ser homenageado por seus entes queridos, numa festa com comidas, canto e danças.

Nasceu assim o funerário ritual do axexê.



Boa leitura a todos.

OYA SE TRANFORMA EM BUFALO




Ogum ia abater um imponente búfalo quando viu a pele do animal se abrir e de dentro sair a bela Oiá! Linda, ricamente vestida e cheia de ornamentos que valorizavam sua beleza e sensualidade. Ela dobrou a pele do búfalo e o escondeu num formigueiro, dirigindo-se para a cidade. Ogum a seguiu e, dominado pela sua beleza, propôs-lhe casamento, sem ser aceito. Ogum, então voltou, pegou a pele no esconderijo e a guardou para si, voltando para a cidade. Quando Oiá, descobriu o roubo da pele, voltou a cidade e encontrando Ogum a sua espera no mesmo lugar, acusou-o, exigiu o que era seu e Ogum não admitiu nada. Oiá percebeu que teria de render-se e aceitar as propostas de Ogum, se quisesse seus pertences de volta. Mas impôs-lhe três condições: ninguém poderia saber seu segredo, ninguém nunca poderia dizer-lhe diretamente que era um animal; ninguém nunca poderia usar cascas de dendê para fazer fogo; e ninguém nunca poderia rodar um pilão pelo chão da casa. Ogum aceitou e se casaram.

Tiveram nove filhos, o que a tormou a esposa predileta de ogun, já que as outras esposas não lhe deramfilhos. Isso desagradou as demais mulheres de Ogum. Após o nono filho de Oiá, as demais mulheres, enciumadas, embriagaram Ogum com vinho de palma e conseguiram que ele lhes contasse o segredo de Iansã. Elas então acusaram-na de ser um animal e lhe disseram onde estavam suas peles, chifres e cascos. Oiá fingiu que não era com ela, mas quando sozinha, correu até o lugar indicado e achou seus pertences. Vestiu-os e eles se ajustaram perfeitamente, retomou a força do animal e com raiva atacou as outras mulheres e as matou. Ela pretendia voltar para a floresta, mas seus filhos a chamavam de volta. Ela então pegou seus chifres e os deu a eles, dizendo-lhes que se algum dia dela precisassem, que batessem um contra o outro e ela surgiria para defendê-los.

Boa leitura a todos

OGUN O ORISA DA INTELIGENCIA E TECNOLOGIA !



Quando a terra foi criada, Eledumare determinou que houvesse evoluçao. deram inicio ao processo de criaçao, quatro divindades : Obatala, que modelaria os corpos, Esu  responsavel pelo contato entre os homens e os orisas, tambem responsavel pelos movimentos, pois sem ele tudo seria materia inanimada. O universo seria uma coisa estatica, e nem o corpo humano teria movimento. Ifa, a divindade do conhecimento do futuro, podendo somente ele com sua sabedoria, conhecer e mudar o destino do ser humano. Ogun, a divindade que abriria os caminhos na terra para os deuses e para os seres humanos tambem. A terra estava totalmente primitiva, selva densa e impenetravel, nao permitia a entrada de ninguem. Todos ja haviam tentado e nao conseguido, nem Obatala com seus poderes, nem Ifa com sua sabedoria, nem Esu com sua esperteza havia conseguido, pois a mata era intensa e impedia qualquer tentativa de penetraçao e exploraçao, tornado assim impossivel que a terra fosse desbravada e povoada. Todos temiam que a determinaçao de Eledumare, de a terra ter evoluçao, viesse a sucumbir. Mas Ogun, com sua força e coragem pegou seu facao e começou a abrir trilhas, cortou arvores para a passagem das divindades e dos seres humanos tambem, possibilitando assim que a terra fosse habitada alem de ser o começo do progresso e evoluçao de toda humanidade. Foi determinado entao que Ogun fosse o detentor do poder do ferro, e que toda evoluçao do ser humano seria a partir dele. Para isso Ifa mandou que ele fizesse um ebo. Depois que caisse a primeira chuva, apos ter feito o ebó, ele teria que procurar um lugar onde a terra tivesse sofrido uma erosao, nela encontraria uma areia preta e fina, deveria recolhe-la e queima-la. Assim fez ogun o ebo determinado, apos a primeira chuva, procurou o lugar da erosao e encontrou a areia preta e fina. Recolheu-a e seguindo as instruçoes a queimou e, notou que se transformou num material totalmente desconhecido.desta forma fora criado o ferro. ele forjou esse ferro, e criou a primeira ferramenta do mundo, o 'emú, um tipo de alicate, em seguida a faca e o facao. Desde essa data Ogun fazia toda especie de ferramenta, comercalizava e ensinava sua utilidade. Assim Ogun ficou famoso sendo louvado e consagrado em toda a terra. Foi reverenciado por todo o ayé( mundo). ogun era desbravador, seu desejo era abrir caminhos para que a civilizaçao pudesse evoluir, prosperar, conhecer a tecnologia evolutiva ate chegar ate nossos dias. É necessario que se entenda a grandeza da influencia desse orisa, aquele que tem o poder da transformaçao, corajoso, destemido, e sem o minimo de egoismo, pois tudo que criava, ensinava a todos. Hoje somos 100% dependentes de tudo que ogun criou, pois esta presente em nossas casas, no carro, em todas as maquinas, nos mecanismos que movimentam as maquinas, desde as grandes usinas siderurgicas, todas as industrias, lojas, u.t.i.s de hospitais, ferramentas cirurgicas, etc... Seria infinita a enumeraçao. Ogun mudou o destino da humanidade. Ele é o senhor da inteligencia, criou coisas basicas, impulsionou a evoluçao, o trabalho, a produçao, a ligaçao comercial entre os povos. lembrando que mesmo o emprego do qual muitos dependem para sobrevier, Ogun esta presente, nao so por que é ele quem abre os caminhos para o mesmo, mas tambem que em todo tipo de trabalho esta presente uma criaçao de Ogun.


Ogun baba mi Ogun mojuba ! Ogun yê !

Ogun ni orisa temi !

-Ogun é meu orisa !

Ogun baba mi, mo ni fe e !

-Meu pai Ogun eu o amo !


ESU O PRIMEIRO !


Sempre quando abro uma pagina, procuro com certeza faze-lo com uma homenagem a Orisa Esu.
Por ser o primeiro em tudo, desde a criação ate os rituais...e também por ser o senhor da comunicação!
Tem aqui dezesseis títulos pelos quais é conhecido.

01.Esu Yangi - o Senhor da Laterita Vermelha

02.Esu Agba - o Senhor Ancestral

03.Esu Igba Keta - o Senhor da Terceira Cabaça

04.Esu Okoto - o Senhor do Caracol

05.Esu Oba Baba Esu - o Rei e Pai de todos os Esus

06.Esu Odara - o Senhor da Felicidade

07.Esu Osije - o Mensageiro Divino

08.Esu Eleru - o Senhor da Obrigação Ritual

09.Esu Enu Gbarijo - o Senhor da Boca Coletiva

10.Esu Elegbara - o Senhor do Poder Mágico

11.Esu Bara - o Senhor do Corpo

12.Esu L'Onan - o Senhor dos Caminhos

13.Esu Ol'Obe - o Senhor da Faca

14.Esu El'Ebo - o Senhor das Oferendas

15.Esu Alafia - o Senhor da Satisfação Pessoal

16.Esu Oduso - o Vigia dos Odus

Esu Yangi o primeiro a ser criado , a laterita vermelha !

Ele é por excelência o símbolo da existência ,elemento dinâmico que movimenta todas as coisas.

Inclusive os povos , sendo responsavel pelo desenvolvimento e crescimento da população

No princípio Olórun (Deus) era uma massa infinita de ar; quando começou a mover-se lentamente, a respirar, uma parte do ar, transformou-se em massa de água, originando Òrìsànlá, o grande Òrìsà-Funfun (Òrìsà do branco). O ar e as águas moveram-se conjuntamente e uma parte deles mesmos, transformou-se em lama. Dessa lama originou-se uma bolha ou montículo, primeira matéria dotada de forma, um rochedo avermelhado e lamacento (laterita). Olórun admirou essa forma e soprou sobre o montículo, insuflando-lhe seu èmí (hálito), o òfurufú (ar divino), dando-lhe vida.

Esse rochedo de laterita, era Èsù, ou melhor, o proto-Èsù, Èsù Yangí. Foi dessa mesma lama que Èsù foi criado que Ikú tomou uma porção para modelar o ser-humano. Yangí, constituído da mesma matéria de origem, converte-se assim, no primogênito da humanidade. Èsù Yangí, é o Èsù ancestre ou Èsù-Àgbà, o Èsù pé do Òkòtó (rei de todos seus descendentes), Èsù-Oba é o pai-ancestre mas, ao mesmo tempo, o primeiro nascido. Èsù é por isso o Igbá-Keta (a terceira cabaça), a terceira pessoa, o terceiro elemento.

 Esu wa gbe o!

Esu wa gbe mi !

Boa leitura a todos!