terça-feira, 19 de outubro de 2010

o batuque de antigamente e o de hoje



RITUAIS – ANTIGAMENTE E HOJE <<


Os africanos, vindos para o trabalho forçado e também para colonização de nosso País, trouxeram consigo a sua religião que é “professada” até nos dias de hoje pelos afro-descendentes. Aqui no Brasil, ganharam outros adeptos e abraçaram o “Culto Religioso Africano”, sendo comum na prática do credo, brancos, mulatos e além dos pretos. A religião africana tomou vários nomes em nosso País, como: Kandombe (Candomblé); Batukàjé (Batuque ou Toque), etc…E é professada por meio de evocações aos Òrìsàs e Voduns.

Conforme a determinação do Òrúnmàlé, as divindades baixam e atuam sobre os filhos de Òrìsàs ou Voduns. Também pode baixar em pessoas não iniciadas, sendo indiferente o sexo a atuar. É um privilégio sagrado. Na prática da religião africana os seus adeptos se reúnem em bàsá (salões) ou abàssá (barracão). Evocam as divindades por meio de cânticos (orins) e de instrumentos apropriados. Em toda a “Casa de Religião”, existe um certo horário para o cumprimento dos rituais de obrigações, destinadas aos Òrìsàs e Voduns.

“Antigamente”: Em primeiro lugar tenho a dizer que poucas Cidades do interior do Estado-RS., possuíam energia elétrica após 21.00 horas, isto já, no final da década de 1950. E sempre que assisti os rituais africanistas, bem como, umbandistas em minha Cidade de origem, eram ao entardecer e no máximo duravam até 20.30 horas. Com a minha vinda para Porto Alegre, no final dos anos 60, também tive a oportunidade de ver e participar de “Ebós”iniciando no final da tarde e no máximo duravam até às 23.00 horas.

Já em minha Cidade, o início dos sacrifícios de animais, começava-se ao clarear do dia, durante à manhã se realizava as limpezas dos mesmos e sua preparação, já na parte da tarde ficava reservado para enfeitar o bàsá (salão), etc…bem como, realizava-se todas as seguranças que é de praxe, inclusive a oferenda à Exu, para não perturbar o bom andamento do “Ritual”, isto tudo feito durante o dia e com muito silêncio e disfarce, porque:

Naquela época realizávamos as seguranças contra a polícia; e o ritual, era tudo realizado com as portas e janelas fechadas e muitas vezes se colocava um Alá ou tolha branca por cima do ilú (tambor) para abafar o som, porque senão iam tudo preso, a perseguição era na verdade muito grande, mas também a fé era grande, e vem sobre vivendo para alguns até os dias de hoje, já para outros só existe o interesse comercial e financeiro, o que isto, não existia na época. Muitos estão deturpando o ritual com novos horários (1/2 da noite); alegam que é problemas de condução (ônibus), outros querem dizer, que os escravos realizavam na calada da noite seus rituais, isto é uma enorme mentira!

Porque, o negros escravos só conheciam a luz do sol e a noite a do fogo para se aquecer nas senzalas e ficavam todos acorrentados e cadeados. Mesmo, após abolição, os negros levaram muitos anos para poderem organizarem seus rituais, e mesmo assim eram perseguidos.

Hoje! Tudo é glamour! Competição! Interesse financeiros e no amor! Fé e respeito aos Òrìsàs e Voduns, será que existe nos dias de hoje? Com certeza, esse povo de hoje, não teve doutrina, eles nem sabem o que são horas “abertas e fechadas” em qualquer “Ritual”.

Os cortes que se fazia e se realiza até os dias de hoje e na calada da noite e para “Exus Kiumbas ou Magia Negra”, mas, não para Òrìsàs! Há maior prova que dou, é a do sacrifício (corte) do peixe, que por enquanto continua sendo, o seu sacrifício, ao clarear do dia; daqui uns dias à mais, vai ser à ½ noite, tá bom! Advirto! Òrìsàs são da “Luz”, das “Trevas” são Exus de Eguns que andam por aí! E são donos de todos os vícios do homem.



É verdade, antigamente, existia pessoas com muita fé, respeito e dedicação ao “Culto Religioso” e ao seu “Feitor (a)” e união de seus adeptos para com a “Casa”, a qual pertenciam, onde foram iniciados e feitos no Ritual Afro-Brasileira. “Hoje” = Quem realmente quebrou esse vínculo, foram os Feitores ou seus adeptos, filhos de Òrìsàs? Vamos tentar analisar esses fatos, até quando as pessoas tem direitos e obrigações: Vamos iniciar pelo Àse ; eu sempre ouvi dizer que Àse sê dá, não se vende!

Agora, dava-se somente para quem merecia e que os próprios “Búzios e Òrìsàs” indicavam. O iniciado deveria adquirir todos os utensílios e animais muitas vezes através de seu suor, bem como, o pagamento de todas as despesas da Casa, cozinheiros, tamboreiros, etc…isso poderia ser individual ou coletivo e ratiado entre todos.


fonte de pesquisa:
povo de santo.

o batuque de antigamente e o de hoje




RITUAIS – ANTIGAMENTE E HOJE <<


Os africanos, vindos para o trabalho forçado e também para colonização de nosso País, trouxeram consigo a sua religião que é “professada” até nos dias de hoje pelos afro-descendentes. Aqui no Brasil, ganharam outros adeptos e abraçaram o “Culto Religioso Africano”, sendo comum na prática do credo, brancos, mulatos e além dos pretos. A religião africana tomou vários nomes em nosso País, como: Kandombe (Candomblé); Batukàjé (Batuque ou Toque), etc…E é professada por meio de evocações aos Òrìsàs e Voduns.

Conforme a determinação do Òrúnmàlé, as divindades baixam e atuam sobre os filhos de Òrìsàs ou Voduns. Também pode baixar em pessoas não iniciadas, sendo indiferente o sexo a atuar. É um privilégio sagrado. Na prática da religião africana os seus adeptos se reúnem em bàsá (salões) ou abàssá (barracão). Evocam as divindades por meio de cânticos (orins) e de instrumentos apropriados. Em toda a “Casa de Religião”, existe um certo horário para o cumprimento dos rituais de obrigações, destinadas aos Òrìsàs e Voduns.

“Antigamente”: Em primeiro lugar tenho a dizer que poucas Cidades do interior do Estado-RS., possuíam energia elétrica após 21.00 horas, isto já, no final da década de 1950. E sempre que assisti os rituais africanistas, bem como, umbandistas em minha Cidade de origem, eram ao entardecer e no máximo duravam até 20.30 horas. Com a minha vinda para Porto Alegre, no final dos anos 60, também tive a oportunidade de ver e participar de “Ebós”iniciando no final da tarde e no máximo duravam até às 23.00 horas.

Já em minha Cidade, o início dos sacrifícios de animais, começava-se ao clarear do dia, durante à manhã se realizava as limpezas dos mesmos e sua preparação, já na parte da tarde ficava reservado para enfeitar o bàsá (salão), etc…bem como, realizava-se todas as seguranças que é de praxe, inclusive a oferenda à Exu, para não perturbar o bom andamento do “Ritual”, isto tudo feito durante o dia e com muito silêncio e disfarce, porque:

Naquela época realizávamos as seguranças contra a polícia; e o ritual, era tudo realizado com as portas e janelas fechadas e muitas vezes se colocava um Alá ou tolha branca por cima do ilú (tambor) para abafar o som, porque senão iam tudo preso, a perseguição era na verdade muito grande, mas também a fé era grande, e vem sobre vivendo para alguns até os dias de hoje, já para outros só existe o interesse comercial e financeiro, o que isto, não existia na época. Muitos estão deturpando o ritual com novos horários (1/2 da noite); alegam que é problemas de condução (ônibus), outros querem dizer, que os escravos realizavam na calada da noite seus rituais, isto é uma enorme mentira!

Porque, o negros escravos só conheciam a luz do sol e a noite a do fogo para se aquecer nas senzalas e ficavam todos acorrentados e cadeados. Mesmo, após abolição, os negros levaram muitos anos para poderem organizarem seus rituais, e mesmo assim eram perseguidos.

Hoje! Tudo é glamour! Competição! Interesse financeiros e no amor! Fé e respeito aos Òrìsàs e Voduns, será que existe nos dias de hoje? Com certeza, esse povo de hoje, não teve doutrina, eles nem sabem o que são horas “abertas e fechadas” em qualquer “Ritual”.

Os cortes que se fazia e se realiza até os dias de hoje e na calada da noite e para “Exus Kiumbas ou Magia Negra”, mas, não para Òrìsàs! Há maior prova que dou, é a do sacrifício (corte) do peixe, que por enquanto continua sendo, o seu sacrifício, ao clarear do dia; daqui uns dias à mais, vai ser à ½ noite, tá bom! Advirto! Òrìsàs são da “Luz”, das “Trevas” são Exus de Eguns que andam por aí! E são donos de todos os vícios do homem.



É verdade, antigamente, existia pessoas com muita fé, respeito e dedicação ao “Culto Religioso” e ao seu “Feitor (a)” e união de seus adeptos para com a “Casa”, a qual pertenciam, onde foram iniciados e feitos no Ritual Afro-Brasileira. “Hoje” = Quem realmente quebrou esse vínculo, foram os Feitores ou seus adeptos, filhos de Òrìsàs? Vamos tentar analisar esses fatos, até quando as pessoas tem direitos e obrigações: Vamos iniciar pelo Àse ; eu sempre ouvi dizer que Àse sê dá, não se vende!

Agora, dava-se somente para quem merecia e que os próprios “Búzios e Òrìsàs” indicavam. O iniciado deveria adquirir todos os utensílios e animais muitas vezes através de seu suor, bem como, o pagamento de todas as despesas da Casa, cozinheiros, tamboreiros, etc…isso poderia ser individual ou coletivo e ratiado entre todos.


fonte de pesquisa:
povo de santo.