sexta-feira, 12 de agosto de 2011


ESSA SOU EU  '' APETEBI OSAGBE LEONOR '' QUANDO RECEBI O AGERE IFÁ EM MINHA INICIAÇÃO EM IFÁ .




CULTO À ORUNMILÁ
ÒRUNMILÀ / IFÁ
A filosofia de Ifá é uma das mais antigas formas de conhecimento revelada a humanidade. Infelizmente as revelações de Ọrúnmìlá, têm desde o início dos tempos, sido escondidas no mais completo sigilo e aqueles que poderiam dispor de tempo e possuir horas de folga para adquiri-los, não tinham recursos de ir atrás deles. Tudo o que sabemos hoje de Ifá, tem sido passado de geração em geração. Muito do que o povo conhece sobre Ifá é também revelado: até mesmo hoje em dia, pelo próprio Ọrúnmìlá, porque ele regularmente surge para seus seguidores em sonhos, para ensiná-los o que é necessário saber sobre sua obra. O conhecimento de Ifá tem sobrevivido essencialmente pela tradição oral de um sacerdote de Ifá para outro. Nenhum esforço consciente tem sido feito para publicar a obra de Ọrúnmìlá completa para o público consumidor. Até os sacerdotes de Ifá entre eles, são freqüentemente relutantes em compartilhar conhecimento por temor que se o mesmo se tornar de domínio público, a fachada mística oculta a qual eles operam será destruída. Isto não é totalmente sua falta, porque levaram pelo menos 21 anos de aprendizado para produzir um sacerdote eficiente.
Mas pelo fato que este trabalho era diretamente inspirado pelo próprio Ọrúnmìlá, não seria fácil para ninguém dispor de tempo, esforços e dinheiro, para iniciar desta maneira numa aventura interminável. Aquilo é dizer que a sociedade de Ifá chamada conhecimento é interminável, imutável e imortal. Ver-se-á de suas revelações que Ọrúnmìlá, embora a mais nova de todas as divindades criadas por Deus, era verdadeiramente a própria testemunha de Deus quando começou a criar outras substâncias orgânicas e inorgânicas. Este é o porque de ser consultado como o Ẹlẹri Upin. Somente ele conhece a verdadeira natureza e Orígem de todos os objetos animados ou inanimados criados por Deus.
Este conhecimento tem lhe dado desta maneira incomparáveis poderes que fazem-no o mais eficiente de todos os adivinhos, que eram as primeiras criaturas de Deus.
Seus seguidores que são capazes de alcançar algo do conhecimento conseqüentemente controlam enorme poder o qual tem muitas vezes confundido muito em chamando na magia ou fetiche.
Por outro lado à expressão “IFÁ” encerra as revelações, estilos devida, e religião ensinada por Ọrúnmìlá. Este é o porque de ser freqüentemente dito que Ọrúnmìlá é a divindade mas Ifá é sua palavra.
O sacerdote de Ifá é o pedaço da boca de Ọrúnmìlá e até comparativamente recentemente, ele era o eixo em torno do qual a vida diária da comunidade girava. Naqueles dias era respeitável ir abertamente até ele para buscar solução para os problemas da vida. Atualmente tem se tornado moda consultar um sacerdote de Ifá em segredo absoluto e furtivamente.
Três fatores têm sido os responsáveis por esta espetacular mudança de atitude.
O primeiro é a chegada da civilização moderna e a educação trazida desta forma. A segunda é a despótica influência das religiões modernas as quais eram usadas pela espécie humana como armas para conquistas não apenas das mentes mortais, mas também para manifestamente ambições de território.
O terceiro é o impacto agregado das duas primeiras forças. As crianças dos sacerdotes de Ifá, não mais desejam ser associadas com a religião e ao modo de vida de seus pais, aos quais eles rejeitam como superstições pagãs.
Muitos sacerdotes de Ifá dotados de brilhante conhecimento teórico e prático do oráculo, têm morrido não restando nada gravado de suas riquezas de conhecimento e experiência. O volume de livros os quais eu estou prestes a me lançar são uma tentativa para deixar um relato histórico da grande obra de Ọrúnmìlá.
Eles se destinam a provocar debates para o enriquecimento do conhecimento de modo que as gerações vindouras conhecerão sobre Ọrúnmìlá e seu acesso para religião, em tempo, ser orgulhoso por estar associado com ela. Este trabalho se designa também para assistir a estudantes da filosofia de Ifá na obtenção mais profunda do conhecimento o Ifismo, tão bem quanto gerar interesse nele.
Também irá prover assistência para aqueles que foram iniciados na religião , mas que continuam a duvidar da veracidade da concepção inteira de Ọrúnmìlá.
Freqüentemente quando uma pessoa vai a um sacerdote, ele conta para seu cliente os encantamentos do Ọdu específico que se apresentou para ele. Depois disso ele prescreve os sacrifícios a serem feitos sem preocupar-se em narrar ao questionador a história fundamental do sacrifício que ele está pedindo para fazer. Eles o fazem por que acreditam que a mente não iniciada não irá entendê-los.
O cliente começa a questionar se o sacrifício é ou não relevante.
Se ele faz ou não o sacrifício, torna a reputação do sacerdote de Ifá incerta e não as suas convicções da necessidade disto. Mais importante é uma tentativa para fazer a religião se classificar como muitas religiões novas, como o judaísmo, cristianismo, budismo e islamismo. Estas outras religiões tinham a vantagem da documentação anterior. Quanto ao mais, nós veremos que Ifá é muito mais rico e mais antigo corpo de conhecimentos.
È importante notar que todavia este trabalho não coloca reivindicações quaisquer que sejam por conta completa da religião de Ifá. É dito que ninguém pode saber no total a Obra completa de Ọrúnmìlá. Este trabalho é portanto o início, e a pesquisa continuará durante toda a vida do autor. Espera-se que ela será atualizada de tempos em tempos tendo em vista a ausência de pesquisas e revelações adicionais.
Por outro lado, o escritor espera com esses volumes de dezessete livros no todo, desmistificar a filosofia da Religião de Ifá. Contrário a todas as aparências externas, não há nada mágico sobre Ifá. A arte é análoga ao trabalho de astrologia. Um astrólogo conta o futuro de um homem lendo o comportamento das estrelas que estavam no céu na época em que a pessoa nasceu. Do mesmo jeito quando uma criança nasce, os instrumentos principais de divinação de Ifá são usados para sensibilizar sua cabeça e escutá-la. O instrumento irá declarar o nome do Ọdu que é sua estrela guia. O sacerdote de Ifá irá então revelar a história da vida do Ọdu que surgiu para ele e pode proclamar com cem por cento de certeza que a vida da criança irá tomar alguns caminhos que aparecem no Ọdu. É uma coisa que acontece quando o Ọdu particular surge no jogo quando uma pessoa é iniciada na religião de Ifá e na sociedade secreta (Ogbodu).
Por exemplo, se a cerimônia do nome ou durante a iniciação em ifá , Ejiogbe é o Ọdu que surgir , a pessoa pode convenientemente ser informada de que sua história de vida seguirá o caminha da vida de Ejiogbe.
Se por exemplo o iniciado é negro e de estatura média, ele pode ser informado que se ele é capaz de seguir os èto e ewọ de Ejiogbe ele certamente prosperará na vida e dispensará sua vida em serviços humanitários. Se por outro lado à pessoa é clara ou baixa, ele pode ser informado que ele não será provavelmente muito próspero a menos que consulte seu Ifá e execute sacrifícios especiais para remover os obstáculos que Ejiogbe tinha em circunstâncias similares. Neste caso Ejiogbe tinha retornado para o céu para se recuperar antes da fortuna lhe sorrir na terra.
No mesmo jeito, se algum Ọdu particular surgir no jogo , o sacerdote vai recomendar a perguntar se é para realizar algum sacrifício executado pelo Ọdu em tais circunstâncias. Se o jogo revelar que a morte da pessoa é iminente, o sacerdote simplesmente informará a pessoa para fazer um sacrifício que Ọrúnmìlá foi informado a fazer , e o qual ele recomendou a outros fazerem a fim de evitar o perigo da morte prematura em circunstâncias similares.
É razoável imaginar pela análise anterior que longe de uma vida de mágico, o sacerdote de Ifá é simplesmente um hábil intérprete. Contanto ele pode desenvolver uma memória retentiva, desde que a maiOría não pode ler e escrever, ele tem somente que relatar os problemas de um cliente com uma situação correspondente ao que ocorreu a milhares ou milhões de anos atrás, para revelar problemas constantes em uma informação de hoje e colocá-los na forma apropriada. Estas considerações da obra de Ọrúnmìlá são uma tentativa de auxiliar os não iniciados, bem como os neófitos, a serem capazes de interpretar as revelações de Ifá por eles mesmos, a fim de perceber que o sacerdote tenta fazer no discurso de sua prática a arte de Ifá.
È importante observar do início que Ọrúnmìlá não procura pela conversão dos fiéis. Esta é uma religião do indivíduo, o qual não confia na importância dos números para sobrevivência. No início Ọrúnmìlá ensina que a melhor maneira de compreensão é prezando seus conhecimentos, o que é completamente eficaz para seu trabalho e para a melodia de sua música.

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A importância de Òrúnmìlà é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olòrún ( Deus, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de Òrúnmìlà e ou Èsù, que são somente eles dois dentre todos os òrìsà os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr Olòrún de estar junto a Ele, quando assim for necessário.

Ainda vale ressaltar que somente Òrúnmìlà e Èsù possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico.

Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais òrìsà são totalmente dependentes de Ifá e Èsù, enquanto que eles não dependem de nenhum dos òrìsà para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à Ifá e Èsù não dependem do culto aos òrìsà, entretanto o culto aos òrìsà dependem totalmente de Ifá e Èsù.

Òrúnmìlà é o senhor dos destinos, é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olòrún, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes do àiyé e do òrún, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odùduwà na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de:

¨ Elérí Ìpín "o testemunho de Deus''

¨ Ibìkéjì Olódúmarè "o vice de Deus"

¨ Gbàiyégbòrún "aquele que está no céu e na terra"

¨ Òpitan Ìfé "o historiador de Ìfé"
Acredita-se que Olòrún passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Òrúnmìlà, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.

No àiyé Olòrún fez com que Òrúnmìlà participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No òrún lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os òrìsà, independente de serem Irúnmolè, Imolè, Ebora, Onílè, Ìyámi Àjé ou Égúngún , pois criou um elo de dependência de todos perante Òrúnmìlà, todos devem consulta-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Òrìsànlá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande òrìsà não seguiu as orientações prescritas pôr Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr Èsù, ficando esta missão pôr conta de Odùduwà.

Também Òrúnmìlà fala e representa de maneira completa e geral todos os òrìsà, auxiliando pôr exemplo, um consulente o que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado òrìsà, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o òrìsà e para o consulente.

Òrúnmìlà sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.

É pôr isso que Òrúnmìlà tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema lhe apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura. Desta forma todos nós deveríamos cultuar Òrúnmìlà e Ifá, pois felizes aqueles que a ele adoram e veneram como sua entidade e fonte de energia e sobrevivência, sendo assim com certeza poderemos alcançar a sorte, a felicidade, a inteligência, a sabedoria, o conhecimento, enfim, o seu destino ideal juntamente de seu equilíbrio.

Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Yorubás consultam Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc.

Além disto tudo, Òrúnmìlà é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olòrún, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.
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O Culto de Ifá é oriundo das Religiões tradicionais africanas, ligado ao Orixá Orunmilá-Ifá da religião yoruba. Com a ida destas culturas para Brasil e Caribe, nos períodos do tráfico negreiro, alguns sacerdotes (chamados babalawo (yoruba) e Bokono (ewe/fon).) foram levados para estes países, estando ligados às religiões Candomblé (Brasil) e Santeria através da Regla de Ocha (Cuba).
O culto de Ifá é um sistema divinatório, empregado na África e nos países para onde foi disseminado para decisões de cunho religioso ou social. Utiliza três técnicas diferentes (Opelê, Ikins eMerindilogun), que têm em comum os Odú-Ifá, os signos.
As mulheres também podem ser iniciadas no culto, quando passam a ser chamadas apetebis(esposas de Orunmilá), mas os sacerdotes - babalawôs - sempre são homens heterossexuais, sendo vedado às apetebis jogar Opelê ou Ikins. O Merindilogun é o jogo dos búzios sendo permitido as mulheres.
 As pessoas ebomis que não são iniciadas em Ifá .
O Culto de Ifá tem um rígido e complexo sistema de conduta moral relativo a seus adeptos, expresso no Odu Ikafun, onde surgem os dezesseis mandamentos de Ifá.
Os primeiros a escreverem sobre Ifá no Brasil, obras publicadas em português foram sacerdotes Umbandistas. W.W. da Matta e Silva, conhecido como Mestre Yapacani já descrevia em 1956 um dos inúmeros sistemas de Ifá em suas obras. Seus discípulos, Francisco Rivas Neto (Mestre Arapiaga) e Ivan H. Costa (Mestre Itaoman) escreveram, nos anos 90, obras descritivas sobre o oráculo.
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